Graça Plena
Combatendo os mercenários e cafetões da fé, porque "a sabedoria do alto é primeiramente pura e depois pacífica" (Tg. 3.17)
domingo, 23 de janeiro de 2022
PROMOÇÃO - O PARADOXO SEXUAL
quarta-feira, 27 de outubro de 2021
A GRANDE LUTA DE ÁLCOOL EM GEL, ÁGUA E SABÃO E SUPER-VACINA CONTRA O CORONA VÍRUS (Joelson Gomes)
1
Era um dia de domingo
Seu Álcool em Gel preparava
Uma camisa passada
Água e Sabão só olhava
__"Vai pra onde
irresponsável?
Não é pra ficar em casa?"
2
Seu Álcool em Gel fez
muxoxo
__"Não se meta nesse trato
Vou sair com meus amigos
Se eu vir Corona eu
mato"
Disse então Água e Sabão
__"Vá e morra seu
ingrato".
3
Seu Álcool em Gel nem ligou
E após engomar as vestes
Se aprontou e já na rua
Deu bom dia a Seu Orestes
Foi caminhando faceiro
Pela Alameda Ciprestes
4
Foi na casa de Biliu
Que encontrou Mané Furiba
Deu bom dia a Dona Moça
Perguntou por Margarida
Se Titico estava em casa
E quando casava Cida
5
O dia estava bonito
Tempo bom pra passear
Seu Álcool em Gel ia rindo
Aproveitando o lugar
O coitado nem sonhava
Com quem ia se topar
6
A vida de vez em quando
Nos traz surpresa e calor
Na gente ela dá um tranco
Nos dá espinho sem flor
Nos descasca e afunila
Transforma o belo em horror
7
Na dobra de uma esquina
O pior aconteceu
Seu Álcool em Gel vinha bem
E o Corona apareceu
Seu Álcool em Gel quase corre
Mas, só que o tempo não deu.
8
Ficaram olho no olho
Sem saber quem medo tinha
O Corona se armou
E até soltou fumacinha
Seu Álcool em Gel ficou
rijo
Sentindo uma tremidinha
9
Toda aquela valentia
Se sumiu feito visagem
As pernas se bambearam
Foi sentindo uma friagem
Não havia o que fazer
Tinha que arranjar coragem
Com o peito estufado
Entendeu chegar a hora
Não poderia escapar
Era então lutar “na tora”
Respirou fundo e partiu
Era tudo ou nada agora
11
Se travaram no bofete
Canelada e beliscão
Álcool em Gel arrependido
Mas não tinha jeito não
Apanhava mais que dava
Se relando pelo chão
12
Entre socos e bolachas
Cusparada e cascudo
Corona se defendia
Lhe dava chute bicudo
Seu Álcool em Gel respondia
Tentando descontar tudo
13
Álcool em Gel tava quebrado
Todo ralado e doído
Água e Sabão avisou
Era pra ter lhe ouvido
Foi tentar “meter um louco”
Agora estava perdido
14
Quando o bicho é um vírus
Não se pode brincar não
O danado chega aonde
Nem se tem a sensação
Quando se nota ferrou
Se não cuidar é caixão
15
Ainda mais o Corona
Matador profissional
Já tinha rodado o mundo
Feito muito estrago e mal
Não podia ter brincado
Com aquele Animal
16
Conseguiu dar uns tabefes
Mas viu que nada fazia
Quanto mais se esforçava
A peleja se perdia
Corona tava com tudo
Batia e se divertia
17
Corona se abestalhou
Foi o tempo que faltava
Álcool em Gel abriu carreira
Procurando uma casa
Foi subindo rua acima
Chega a poeira voava.
18
Lá na casa de Birina
O portão tava entreaberto
Àlcool disse _"É minha
chance"
Quando foi chegando perto
Birina viu e correu
fechando no tempo certo.
19
Neco de Mané Girau
Afinava um culelê
Quando ouviu a zoadeira
Preparou-se pra correr
Tentou sair do lugar
Mas só fazia tremer
20
Biu de Nega abriu a porta
Pra ver o que se passava
Quando viu o desmantelo
Deu no pé trancou-se em casa
Gritando _ "valha-me Deus
Vem minha Nega e me salva"
21
Zé de Grilo o curioso
Mais que rápido se moveu
Fez carreira pro seu quarto
Nem na porta ele bateu
Botou o cinto e saiu
Porém a calça esqueceu
Chiquita a manicure
Tirou bife na cliente
Zé Lotero se engasgou
Derramou o café quente
Antóin de Chico do banho
Saiu nu feito inocente
23
Na rua a luta sangrenta
Continuava a rolar
Álcool em Gel super cansado
Vendo tudo se acabar
Já pensava em desistir
E ver Corona ganhar
24
Foi quando o inesperado
Finalmente aconteceu
Álcool em Gel já dominado
Ela então apareceu
Água e Sabão deu um grito
Que a rua estremeceu.
25
Partiu pra pegar Corona
Na dentada e puxavanco
Deu-lhe um chute na canela
Que o bicho saiu manco
Álcool em Gel se aproveitou
E também lhe deu um tranco
26
Mas o bicho era valente
Atacava e defendia
Água e Sabão lapeava
Álcool em Gel vinha e batia
Inda assim Corona Vírus
Levava a melhor e ria
27
Foi quando olharam pra cima
Um clarão se anunciou
Era a Super-Vacina
Chega o céu estrondou
Pronto, o trio foi formado
O Corona se ferrou
Mais que depressa o “Cabrunco”
Deu de garra de uma funda
Ia então mandar um dardo
Disse: “_mato essa imunda!”
Vacina muito ligeiro
Mandou-lhe um raio na bunda
Com os fundos todo ardendo
Corona enfraqueceu
Não sabia se lutava
Ou olhava o que perdeu
Vacina deu uma rajada
Chega a bosta fedeu
30
Corona ainda tentou
Mas tinha tudo acabado
Álcool em Gel, Água e Sabão
E a Super-Vacina ao lado
Era um trio imbatível
E ele estava cagado
Esperou um bom momento
Para poder escapar
Achou e abriu no pé
Ninguém podia pegar
Pra bandas de João Pessoa
Ninguém mais ouviu falar.
32
Quando ficaram sozinhos
Álcool em Gel envergonhado
“_Água e Sabão reconheço
Que você tem acertado
Pra vencer Corona Vírus
Só nós dois do mesmo lado".
33
Água e Sabão disse: “ _certo
Agora entendeu a sina?
Somos nós dois encangados
Tu em baixo e eu por cima
Mas, nada conseguiríamos
Sem nossa Super-Vacina”
Então filho fique esperto
Com as mãos sujas ou não
Meta logo Álcool em Gel
Sem faltar Água e Sabão
Esse Capeta só morre
Se dermos nosso quinhão
35
Mas só isso não nos basta
Pois o cabra é dobrado
Para acabar de uma vez
Não se faça de rogado
Tem que ser Água, Vacina
E Álcool em Gel agarrado
36
Finda aqui essa estória
De luta grave e aguda
Tudo parece gracejo
Mas é sério se acuda
Essa tal de pandemia
Só será vencida um dia
Se contar com sua ajuda.
FIM
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
A SITUAÇÃO DA IGREJA NO BRASIL (sextilhas)
I
Tem
político roubando
Com
uma Bíblia na mão
Mete
grana na cueca
E
se chama de cristão
Embolsa
sua propina
E
ainda faz oração
II
Essa
turma de pilantras
Travestido
de evangélico
Arquitetam
suas tramas
De
fundo maquiavélico
Manipulando
pessoas
Tratando
como boneco
III
Quanto
mais o tempo passa
Mas
é difícil encontrar
Uma
igreja que decida
O
evangelho pregar
Só
tem conversa fiada
Pra
multidão enganar
IV
Faladores
da “vitória”
Das
“unções” e tudo mais
Não
se encontra uma mensagem
Que
seja bíblica nos tais
Só
campanhas e campanhas
Para
arrecadar reais
V
Falta
o arrependimento
Falta
ética e moral
Falta
mostrar as pessoas
O
seu verdadeiro mal
O
render-se a Jesus
O
Senhor e maioral
VI
A
Bíblia foi esquecida
Só
se quer revelações
A
razão já não existe
Perde
para as emoções
Tudo
pra manietar
E
arrecadar milhões
VII
Usam
a Bíblia como querem
Trocam
o sentido do texto
Pegam
versos isolados
Sem
respeitar o contexto
Fazem
leitura incorreta
Usam
só como pretexto
VIII
Cristo
morto numa cruz
Pra
libertar do pecado
Arrepender-se
e mudar
Para
assim ser perdoado
Esse
sim é o evangelho
Cada
vez menos pregado
IX
Ainda
existe quem pregue
A
mensagem que liberta
Que
não vendeu sua alma
Nem
com essa corja flerta
Existe
um remanescente
Que
prega a mensagem certa
X
O
evangelho da Bíblia
Tem
que ser anunciado
Mesmo
que a maioria
Passe
para o outro lado
Tem
que haver pregadores
Sem
ter preço estipulado
XI
Jesus
Cristo salvador
O
preço da conversão
Uma
vida de humildade
Santidade
e oração
Devem
ser nossas palavras
Essa
é a pregação
O COMÉRCIO DA FÉ (glosa ao mote)
I
Tem
camisa com nome bem escrito
Tem
bonezinho pintado e estiloso
Tem disco
com cantor ruim, fanhoso
E tem
cordão com pingente esquisito
Tem
pulseira com o nome de Cristo
Também
tem o bom óleo da unção
E os
lobos enricando de montão
Té parece
que fazem por pirraça
No comércio da fé Jesus não passa
De um produto vendido à prestação
II
O
"pastor" faz ginástica e aliena
"Foi
Jesus quem mandou tem que pagar
E tá no
Inferno aquele que negar
E pague
logo porque vale a pena"
Muito
triste é contemplar a cena
Desses
lobos roubando a multidão
Pastoreiam
bolso do irmão
Falso
profeta no meio da massa
No comércio da fé Jesus não passa
De um produto vendido à prestação
III
Retratinho,
santo, escapulário
Livro,
reza, receita de oração
Tem de
tudo na feira da ilusão
Te
depenam te levam o salário
Tem a
fala mansinha do vigário
Do
“pastor” vigarista, espertalhão
Que se
formou no curso de ladrão
Tenho um
nojo danado dessa raça
No comércio da fé Jesus não passa
De um produto vendido à prestação
IV
Tem o
padre da coreografia
Se rebola
para atrair fiéis
Vende
broches, pulseiras e anéis
Caso
pudesse vendia a sacristia
Inda
chama-se filho de Maria
É mentira
não creio nisso não
Virgem
Maria não foi mãe de ladrão
Ela foi
uma mulher cheia de graça
No comércio da fé Jesus não passa
De um produto vendido à prestação
V
Caso
Cristo resolvesse aqui andar
Ensinando,
pregando, dando exemplo
Expulsava
esses vendilhões do templo
Com
chicote no lombo até ralar
E dava um
banho de sal pra ajeitar
Esse
bando de enganador ladrão
Sou
pastor e me sinto na razão
Comem
dinheiro parecem uma traça
No comércio da fé Jesus não passa
De um produto vendido à prestação