4-livro lido em 2016 - A HERESIA DA ORTODOXIA (Andreas J. Köstemberger,
Michael J. Kruger / Vida Nova, 2014).
Na década de 30 um lexicógrafo
chamado Walter Bauer disse que no início o cristianismo era uma mistura,
não havia uma doutrina ortodoxa, mas uma variedade imensa. E como foi
que a doutrina majoritária que se conhece hoje apareceu? Segundo ele foi
um arrumadinho de alguns teólogos influentes que conseguiram desbancar
as correntes de pensamentos contrárias. O que se tem
hoje como doutrinas capitais do Cristianismo e como Novo Testamento é o
produto de conchavos entre imperadores e bispos. Já ouviu isso, pois se
não ouviu vai ouvir, filmes como O CÓDIGO D'AVINCI, e os livros de
Barth-Ehrman, e #elainepagels são populares.
No Brasil editoras como Editora Record , Editora Objetiva
publicam estes autores, pois dão lucro. Mas, convenientemente não
publicam os livros que destroem os fracos argumentos levantados por
eles, mostram só um lado do jogo. Mas, felizmente temos outras poções, e
aqui está uma delas.
O livro tem 3 partes: 1. A heresia da ortodoxia: o
pluralismo e as origens do NT. Onde a tese do Cristianismo plural é
analisada, e partindo do NT mostra-se como tal discurso é equivocado,
pois o NT, a patrÍstica, mostram uniformidade doutrinária.
2. A escolha
dos livros: uma investigação da formação do cânon do NT. Onde é provado
que o cânon estava sendo formado desde o século I, a ideia da coleção de
livros inspirados o igreja traz dos judeus, pois o AntigoTestamento era
a fonte de referência inspirada usada pela Igreja Primitiva, analisa-se
porque diversos livros apócrifos não entraram no cânon, como os pais da
igreja encaram o caso;
3. Mudanças no relato: manuscritos, escribas e
transmissão textual. Esta uma das partes mais importantes onde se mostra
a confiança nos textos do NT que temos hoje, mostram a posição dos
escribas, e desmantela-se o mito das variantes textuais como problema
para a confiança no texto bíblico.
Parabéns a Editora Vida Nova pelo livro, numa próxima edição coloquem um índice remissivo, o livro merece.
Nenhum comentário:
Postar um comentário