O NOIVO E A NOIVA

“...Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, pra que a purificasse, tendo-a purificado por maio as lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga nem cousa semelhante, porém santa e sem defeito" (Ef. 5: 25b-27).

Cristo amou a Igreja, e a respeito deste amor maravilhoso J. N. Darby, nos seus estudos sobre essa passagem lida acima, tem pensamentos muito oportunos, nos quais me baseio aqui. Pode-se entender a partir deste texto, três aspectos na obra desse grande amor de Cristo revelado pela, e na, Igreja.

a) Cristo deu-se pela Igreja. Diz Paulo que Ele entregou-se a si mesmo por ela. Não deu apenas a Sua vida, mais que isso, deu-se a Si mesmo. Tudo que Cristo deu foi dado livre e espontaneamente (Jo. 10:17-18). Sua graça, Sua justiça, Sua sabedoria, a energia do amor divino que pode dar-se, tudo, tudo é consagrado ao bem da Igreja. O Seu amor nos deu tudo. Na cruz esse amor eterno foi da do a conhecer. Por isso a mensagem da cruz é a mensagem por excelência. Pode-se não acreditar nela, não gostar dela, mas ninguém de sã consciência é capaz de dizer que ali na cruz não existe a mais tocante mensagem de amor; alguém se entregando em lugar de outrem.

b) Cristo purificou a Igreja. E esta é uma pureza que convém a presença de Deus, pureza que a faz gozar do perfeito amor e da glória desse amor que rende a purificar a alma, atraindo-a, despojando-a e enchendo-a de Deus. Cristo fez a Igreja Sua, para santificá-la. Antes de tudo ela é Sua, depois Ela purificou-a, e esta purificação é para Si mesmo. É o Noivo cuidando da noiva com todo zelo, carinho e amor.

c) Cristo apresenta a Igreja a Si mesmo gloriosa. Cada necessidade, dificuldade da Igreja, é uma ocasião para Cristo demonstrar Seu amor por ela. Este é o efeito moral produzido pelos cuidados de Cristo, o alvo que Ele propõe na sua obra cumprida no tempo, e o meio que Ele emprega para ao tingir. Apropria-se moralmente da Igreja, põe-na de parte para si mesmo, e quando a torna Sua, coloca a Igreja em relação ao céu, de onde Ele é, e onde Ele vai introduzi-la. Para santificar a Igreja Cristo de serve da Palavra de Deus, que é a expressão divina dos pensamentos do Pai, da ordem e da santidade celestiais, da própria verdade.

Tudo isso é o resultado do amor de Cristo ela Igreja. Ele dá-se a Si mesmo por ela, não tem mais o que dar. Com isso nós aprendemos o que é o amor. “O amor não busca os seus próprios interesses, tudo sofre”, “nisto conhecemos o amor, em que Cristo deu a sua vida por nós” (1Co. 13:5,7; 1Jo. 3:16ª). Ele adquire a Igreja para Si mesmo, depois torna a Igreja como Ele quer que ela seja, e dá a Igreja de presente a Si mesmo.

Esse é o amor do Noivo, Jesus Cristo. Será que pensando nessas coisas, nesse “louco” amor, não nos dói o coração pecar contra esse maravilhoso Salvador? Querido, que o amor de Cristo que chega a constranger lhe leve a se afastar cada vez mais do pecado, e buscar retribuir esse amor se santificando cada vez mais.