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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O SOFRIMENTO DE CRISTO


Como servo justo de Deus, ele sofreu meio de uma cena em que tudo Lhe era adverso; contudo isto era justamente o posto do sofrimento pelo pecado. É da máxima importância distinguir entre estas duas espécies de sofrimento. Confundi-las conduzir-nos-ia a erros graves.


Sofrer como justo e manter uma atitude firme entre os homens a favor de Deus é uma coisa; sofrer em lugar do homem sob a mão de Deus é outra muito diferente.


O Senhor Jesus sofreu por amor a justiça, durante a sua vida. Sofreu pelo pecado, na Sua morte. Durante a Sua vida os homens e Satanás sempre se Lhe opuseram; e até mesmo na cruz empregaram todo o poder de que dispunham; mas depois de ter sido feito tudo que podiam fazer, depois de haverem chegado, no seu ódio mortal, ao limite da oposição humana e diabólica restava ainda uma região afastada de sombras impenetráveis horror que tinha de ser percorrida por Aquele que levava sobre Si o pecado, no cumprimento da Sua obra.


Durante a Sua vida, ele sempre andou na luz límpida do semblante divino!Porém, sobre a cruz de maldição a sombra negra do pecado interveio e ocultou essa luz e provocou esse brado misterioso: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?” Foi um momento absolutamente único nos anais da eternidade.


De vez em quando, durante a vida de Cristo na terra, o céu abriu-se para dar expressão à complacência divina n’Ele; mas na cruz Deus desamparou- O, porque ele estava oferecendo a Sua alma em sacrifício pelo pecado. Se Cristo tivesse carregado com, o pecado em toda a Sua vida, então qual seria a diferença entre a cruz e qualquer outro período? Por que razão não foi ele desamparado por Deus durante toda a Sua vida? Qual foi a diferença entre Cristo na cruz e Cristo no monte da transfiguração? Foi desamparado de Deus nesse monte? Estaria Ele ali carregado com pecado? Estas interrogações são muito simples, masque dêem à resposta aqueles que alimentam a idéia de uma vida com o peso do pecado.


O fato simples é este, não houve nada quer na humanidade de Cristo, que na natureza das Suas relações, que pudesse, de modo algum, relaciona-lo com o pecado ou a ira ou a morte. Ele “foi feito pecado na cruz; e ali suportou a ira de Deus e deu a Sua vida, como perfeita expiação pelo pecado. Porém, nada disto encontra lugar na Oferta de Manjares. Na realidade, temos o processo de cozedura a ação do fogo; mas isto não é a ira de Deus. A Oferta de Manjares não era uma oferta pelo pecado, mas uma oferta de “cheiro suave”. Assim, a sua importância está definitivamente estabelecida; e, além disso, a sua inteligente interpretação deve sempre preservar, com santo zelo, a verdade preciosa da humanidade imaculada de Cristo e verdadeira natureza das Suas relações.


Dizer que ele, por necessidade do Seu nascimento, teve de carregar com pecado, ou coloca-lo, por esse motivo, debaixo da maldição da lei e da ira de Deus, é contradizer toda a verdade de Deus respeitante a encarnação, verdade anunciada pelo anjo e repetida diversas vezes pelo apostolo inspirado. Além disso, tal afirmação destrói todo o caráter e objetivo da vida de Cristo e rouba à luz a sua glória característica. Diminui o significado do pecado e da expiação.


Numa palavra, remove a pedra principal do arco da revelação e põe tudo em irremediável ruína e confusão em redor de nós.


C. H. MacKintosh. Estudos Sobre o Livro de Livitico,pp. 45-47.

3 comentários:

Luís disse...

Olá Joelson!
Prabéns pelo seu blog muito bom gostei muito ja estou seguindo.
Aproveito a oportunidade para divulgar o meu http://wwwadoradoresemverdade.blogspot.com/ quando puder faça uma visita.
Um abraço fik na paz.

Tales Paranahiba disse...

Pr. Joelson
Blog Excelente. Realmente, o meu precisa de uma boa edição. Tenho algumas dificuldades com isso, ou pode ser falta de dedicação mesmo.

Inclua meu e-mail em sua lista, e me mande atualizações do seu blog.
dr.tales@yahoo.com.br

Pq vc não faz parte de nossa Comunhão reformada Batista do Brasil.
Não é só para batista. Eu sou da Igreja Cristã Evangélica e participo.
Essa comunhão é para todos os que subscrevem a confissão de fé de 1689.
www.crbb.org.br
A paz meu amado e obrigado pelas dicas.
Tales

Aldenir Araújo disse...

sofrimento indizível imensurável, onde o grito da alma tornou-se o sussurro que clamava com voz embargada “Se possível afaste de mim esse cálice!”.
Súplica acompanhada do luar refletido em seu rosto enquanto olhava para o céu esperando uma resposta. Que não veio!
Ele esperou por essa voz enquanto era chicoteado e satirizado por seus algozes. Fez a via-crúcis, foi crucificado e em seu coração ardia a esperança de ouvir seu Aba (pai) dizendo “estou contigo”.
Jesus esperou , esperou, e esperou até não agüentar mais e exclamar “Pai porque me abandonaste!” recebendo em troca o silêncio de um Pai angustiado.
Aquele foi o seu momento de sofreguidão momento em que Jesus homem teve que passar.
O Pregador

NÃO PARE AQUI VÁ PARA OS TEXTOS MAIS ANTIGOS.