Tal é o ensino claro da Palavra de Deus. “Estais perfeitos nele", sois “membros do seu corpo”, da Sua carne e dos Seus ossos, “agradáveis” a Deus “no amado”, porque “que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito” (1Cor. 6: 17; Efe. 5: 20; Col.2:20). Ora, não é possível que a Cabeça esteja num grau de aceitação e os membros noutro. Não: a Cabeça e os membros são um. Deus considera-os um; e, portanto, são um. Esta verdade é, ao mesmo tempo, o fundamento da mais elevada confiança e da mais profunda humildade. Dá-nos a mais completa segurança “para que no diz do juízo tenhamos confiança” (1Jo. 4:17), visto que não é possível haver qualquer acusação contra Aquele com quem estamos unidos. Dá-nos uma profunda impressão da nossa própria nulidade, visto que a nossa união com Cristo é baseada na morte da velha natureza e na abolição total de todos os seus direitos e pretensões.
Visto que, portanto, a Cabeça e os membros são considerados na mesma posição de infinito favor e aceitação perante Deus, é evidente que todos os membros têm uma mesma aceitação, uma mesma salvação, a mesma vida e uma mesma justiça. Não há graus diferentes na justificação. O recém - nascido em Cristo e o crente de cinqüenta anos estão no mesmo plano de justificação. Um está em Cristo, e o outro também; e assim como estar em Cristo é a única base de vida, também o é de justificação. Não há duas espécies de vida nem duas espécies de justificação. Não há dúvida que existem diversos graus de gozo desta justificação - vários graus de conhecimento da sua plenitude e extensão - vários gruas na capacidade de mostrar o seu poder sobre o coração e a vida; e estas coisas são frequentemente confundidas com a própria justificação, a qual, sendo divina, é, necessariamente, eterna, absoluta, invariável, e não pode ser afetada pela flutuação dos sentimentos ou Experiências humanas.
Mas, além disso, não há progresso na justificação. O crente não está mais justificado hoje do que estava ontem; nem estará mais justificado amanhã do que está hoje. Sim, a alma que “está
C. H. Mackintosh. Estudos Sobre o livro de Levítico, pp. 14-15.
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