A Historicidade das Pragas do Egipto
Existe actualmente uma nova tradução dum antigo monumento Egípcio conhecido como “Stela” que foi recentemente publicado pelo “Journal of Near Eastern Studies”pelos professores Robert Ritner e Nadine Moeller (do “Oriental Institute” da Universidade de Chicago). Basicamente, a tradução faz uma ligação entre o Faraó Ahmose (18ª Dinastia/Novo Reino) com a erupção do vulcão Thera/Santorini.
No passado, os estudiosos alegavam que Ahmose e Thera estavam separados por mais de 100 anos, mas a nova tradução prova que eles eram contemporâneos – isto é, Ahmose testemunhou os efeitos de uma das mais mortíferas erupções vulcânicas da história da humanidade. Isto ajuda e muito em fazer uma ligação entre Thera, Ahmose e o Êxodo Bíblico.

O que é que eles descrevem?
O texto fala de uma tremenda tempestade que envolveu o alto e o baixo Egipto, e que essa tempestade revelava a “ira” do “grande Deus”. Note-se que fala de “Deus” no singular. Para além disso, o texto diz também que este Deus era “Maior” que os “deuses” do Egipto. Segundo o Storm Stela, a tempestade mergulhou o Egipto na “escuridão” total por um período de vários dias. Esta escuridão era anormal porque tornou impossível que fosse acesa até um tocha:
Nenhuma tocha pôde ser acendida nas duas terras.
Os acontecimentos que se seguiram à inundação foram tais que os templos dos deuses foram inundados, os telhados entraram em colapso, e os lugares santos “tiveram que ser declarados não-existentes“. O Nilo estava literalmente cheio de corpos humanos, “flutuando” como “pedaços” de papiro na água. Segundo Stela, “todas as casas” foram afectadas e todo o evento “espantoso” foi acompanhado das “vozes” mais barulhentas que alguma vez alguém tinha ouvido no Egipto.
Compare-se isto com a descrição do Êxodo Bíblico, das pragas de gelo e trevas que precederam o fim da escravatura dos Hebreus no Egipto, liderados por Moisés. Segundo a Bíblia, a 9ª praga foi a “Escuridão” (Êxodo 10:21) mas esta não era uma escuridão normal visto que ela era “palpável” e durou 3 dias. Nenhuma tocha poderia ser acendida. De facto, pessoas sentadas lado a lado “não se conseguiam ver uma a outra“. O Texto Bíblico declara também que a 7ª praga de “saraiva” foi acompanhada por “vozes” (Êxodo 9:29) e que o “terror apoderou-se dos habitantes do Ageu” (Êxodo 15:14), isto é, a área de Thera/Santorini. Basicamente, a “Ahmose Storm Stela” e o Torah/a Bíblia estão a descrever o mesmo evento.
Até hoje, os estudiosos tentaram minimizar a importância da “Storm Stela”, comparando isso a uma inundação normal do Nilo, ou minimizando os eventos espantosos descritos nela como “metáforas”. Mas o novo estudo de Ritner e Moerller coloca um ponto final nesse assunto. Os autores são inequívocos ao afirmar que Stela descreve um evento real, e que é um registo contemporâneo dos eventos cataclismicos de Thera..
O que eles deixam de parte é que o Faraó Ahmose governou o Egipto durante o tempo da assim-chamada expulsão dos “Hyksos”; este foi um êxodo em massa de um povo “asiático” ou “semita” que o historiador Egípcio, Manetho (que viveu no século 3 AC) e historiador Judeu Josephus, que viveu no século 1 DC, identificam como sendo o Êxodo Bíblico. Por outras palavras, Ramsés II (o Faraó favorito dos estudiosos e de Hollywood) não foi o Faraó do Êxodo, mas sim Ahmose.
Mais ainda, o que os historiadores chamam de “a expulsão dos Hyksos”, e os vulcanólogos chamam de “a erupção de Thera”, e o Torah chama de “Êxodo”, são todos o mesmo evento. Até hoje os cépticos alegavam que estes eventos não eram contemporâneos, mas os estudos mais recentes demonstram que a ciência conseguiu sincronizar Ahmose e Thera para menos de 25 anos.
É hora de admitir que há uma riqueza enorme de evidências arqueológical em favor do Êxodo Bíblico; é só uma questão de se saber onde procurar.
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