No dia sete de setembro, em todo
Brasil, ao tropel de pés descompassados, as bandas marciais fazem ecoar seus
surdos (tum, tum, tum, tum), e vozes e mais vozes cantam “Ouviram do Ipiranga
às margens plácidas / De um povo heroico um brado retumbante”. São as
comemorações da “independência” do Brasil gestada no grito de D. Pedro II: “independência
ou morte! ”, em 1822. O Brasil se viu livre do peçonhento e atrasado
colonizador português (se bem que passou a ser “colônia” de outros países como:
França, EUA, mas isso é outra história). E esse foi e continua sendo para
muitos o mais importante grito do Brasil.
Mas,
há mais de 2000 anos, num lugar feio, fora dos muros de Jerusalém, alguém deu um “grito”
de independência muito maior do que o de D. Pedro II. Não uma independência fictícia
como a do Brasil. Não de uma independência que pudesse ser desfeita a qualquer
momento. Não de uma independência material. Mas, de uma independência
espiritual que dá a todos que dela participam, não uma pátria terrestre, porem
uma pátria celeste (Hb 11. 10).
Nos
conta a Bíblia que a última expressão de Jesus Cristo antes de morrer foi: “Está
consumado! ” (Jo 19. 30), que em grego a língua do Novo Testamento é: “Tetelestai”.
Esta palavra era usada segundo a lei romana quando uma pessoa pagava a pena de sua
condenação, ou se depois de julgada era achada inocente. Nesse momento a dívida
estava cancelada, a justiça estava feita, a pessoa estava livre. Independência!
Cristo com esta palavra diz que as obras que Ele veio executar (Jo 4. 34; 17
.4): perdoar pecados (Cl 1. 13-14); derrotar o Maligno (Cl 2. 14-15; 1Jo 3. 8;
Ap 12. 11); dar a vida eterna (Jo 5.24; 10. 10; 1Jo 5.20); e proporcionar a
entrada na família de Deus (Jo 1.11-13; Rm 8. 12-17; Gl 4. 4-6), estava
completada. A sua morte na cruz proporcionou para a Igreja a independência da
condenação do pecado (Rm 8.1) e a expectativa de um lindo futuro: “onde está
morte a tua vitória, foi tragada pela morte de Cristo” (1Co 15. 55-58)?
Neste
mês em que o Brasil faz uma grande festa por algo tão pequeno, será que você discípulo
não tem muito mais motivo para festejar? “Está consumado” não é muito mais
importante do que “independência ou morte”?
Beto
Guedes faz um tempo cantou: “Quando entrar setembro / E a boa nova andar nos
campos / Quero ver brotar o perdão...”, será que setembro não pode ser para você
um tempo de celebrar e proclamar a “boa nova” da salvação / independência que
só Aquele que gritou “tetelestai” pode dar? Os campos estão brancos, então
espalhe o grito que fez de você (e faz de qualquer pessoa) verdadeiramente
independente: “tetelestai = está consumado! ”.
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