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sábado, 16 de abril de 2011

O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO (I)


Visitei um certo blog famoso da blogosfera e vi ali um estudo sobre Batismo com o Espírito Santo e linguas "estranhas" do qual descordo frontalmente. Mas, vi ali pessoas elogiando o articulista pela matéria sem nenhuma exegese séria. Decidi publicar minhas impressões sobre o tema, quem sabe quem leu os estudos de que falo tenha a oportunidade de ler estas palavras aqui e compare, xeque, se posicione, questione. Tentarei ser o mais didático possivel para que nunguem saia sem entender o que quero dizer. Vamos nós.



BATIZADOS COM O ESPÍRITO SANTO (UMA COMPREENSÃO REFORMADA)


Se a sua doutrina do Espírito Santo não inclui esta idéia de que o Espírito cai sobre as pessoas; ela é séria e gravemente defeituosa” (D. Martyn Lloyd-Jones).[1]


Introdução:


Certa vez D. Martyn Lloyd-Jones, o famoso pastor congregacionalista inglês e maior expositor bíblico-reformado do século XX, escreveu que o maior problema da igreja é o desconhecimento do ensino a respeito do Batismo com o Espírito Santo, e que se não estivermos satisfeitos quanto à doutrina, nunca haverá a probabilidade de a experimentarmos.[2] Assim, é extremamente necessário o conhecimento deste ensino hoje.


Eu me considero um reformado, mas fui acusado de não sê-lo por achar que a expressão Batismo com o Espírito Santo também pode ser usada para um enchimento com o Espírito após a conversão. Tem razão quem acha assim?


O propósito deste texto é tratar sobre este assunto um tanto controvertido. Algumas pessoas entendem que o Batismo com o Espírito Santo é algo que acontece apenas no momento da conversão, que o cristão não precisa senti-lo, mas crer que o recebeu. Entendem o Batismo com o Espírito e a conversão como sendo a mesma coisa. Outros afirmam que esta experiência é algo que pode se dá no momento da conversão, mas que é sempre algo distinto da mesma, e que é sempre experiencial, ou seja, quem recebeu o Batismo com o Espírito sabe quando o recebeu. Ainda alguns acham que existe um sinal característico que marca esta experiência; que seria o dom de línguas, mas tem aqueles que entendem que não é necessário este dom para que se tenha a experiência.


Nesta história toda, quem está com a razão? Quem se aproxima mais do que as Escrituras falam sobre o tema? Vamos tentar dar uma compreensão a doutrina que seja bíblica e que se coadune com a Tradição Reformada, a qual os Congregacionais pertencem.


Começaremos mostrando a operação do Espírito Santo no Antigo Testamento, a promessa a respeito de seu derramamento na época cristã, para, a partir daí, olharmos os posicionamentos das tradições reformadas e pentecostal sobre o Batismo com o Espírito, procurando comparar tudo a como este evento acontece na Bíblia, principalmente nos Atos dos Apóstolos. A descrição bíblica será o nosso guia para normatizar as nossas experiências hodiernas.[3]




[1] Citado em WHITE, John. Quando o Espírito vem com Poder (São Paulo: ABU, 1998), p. 187.

[2] O Supremo Propósito de Deus (São Paulo: PES, 1996), p. 245.

[3] “Lutero argumenta que a experiência é corrigida pela doutrina; que a experiência é interpretada apropriadamente, até o ponto de ser contestada, por e dentro de uma estrutura teológica”. MCGRATH, Alister. Paixão Pela Verdade (São Paulo: Shedd Publicações, 2007), p. 66.

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