Há exatos 495
Deus levantou um homem para ser a voz de uma grande reforma que mudou absurdamente
os rumos da Igreja Cristã. Martinho Lutero não foi simplesmente um pregador
idealista, líder com um “q” de loucura santa no coração. Foi um profeta de Deus
e um pastor por Ele levantado no meio de um sistema eclesiástico e político
completamente corrupto.
A Reforma afirmou
e gritou que a salvação é pela graça, sem méritos. Fez ecoar nos rincões da
Europa o sacerdócio universal de todos os santos, deixando claro que o clero
era um meio de dominação contrário a Escritura, tornou claro que Cristo e
somente Ele é o Senhor da salvação. Acima de tudo, a Reforma Protestante bradou
que a Bíblia é a voz de Deus e que deve ser lida pelo povo livremente.
Depois de 495 anos
fico a perguntar-me se realmente vivemos sob a égide dos ensinos dos
reformadores. Questiono-me se de fato cremos nos ensinamentos de Calvino acerca
da Soberania de Deus, se verdadeiramente amamos a Escritura e se pautamos
nossas vidas pelos conceitos, normas e conselhos da Santa Palavra.
Quando ligo a
televisão, ouço as músicas ou vejo os sermões pregados nos púlpitos de nossas
igrejas sinto-me completamente angustiado. Vejo um misticismo semelhante ao da
idade média. Pessoas adoram coisas, amuletos, outras pessoas. Há sempre um bispo
ou apóstolo que se coloca como autoridade infalível e que é adorado como um “papa
evangélico”.
As “Doutrinas da Graça”
têm sido postas de lado e dá-se vez as heréticas teologias de um “deus” retribuidor
que nada mais é que “um banco de bênçãos” e a igreja não passa de um “caixa
rápido” onde os “crentes” depositam suas ofertas e pegam as “bênçãos”.
É de partir o
coração ver que assim como na Idade Média os crentes não leem a Bíblia, andam
alucinadas seguindo guias cegos que apenas decretam o que as pessoas devem crer.
Infelizmente a
Reforma parece não ecoar nos púlpitos, nas músicas e na prática cristã em nosso
tempo. É inevitável reconhecer que vivemos uma época que partimos da Reforma à
Deforma. Somos ensimesmados, egoístas, desprovidos de amor e de anseio
verdadeiro pela doutrina da graça de Deus.
Carecemos
urgentemente não de uma nova Reforma, mas de um retorno inegociável Às antigas doutrinas
da Reforma. É fundamental, urgente e indispensável que reafirmemos e vivamos
sob a Escritura como única regra de fé e prática, que amemos a doutrina da
graça, que solapemos do trono todos os dominadores do rebanho e que nos
disponhamos a pormo-nos ajoelhados diante do Trono da Graça.
Depois de 495
anos da Reforma e em meio a tamanha "Deforma" Protestante, sinto paz pela convicção
de que em meio a toda essa “bandaieira do gospi” Deus tem levantado
remanescentes fiéis. Ele tem erguido homens que o temem, o amam e buscam viver
para sua glória.
Tenho plena
convicção de que a Igreja do Senhor vencerá mais essa batalha, e que Ele nos
conduzirá novamente da "Deforma" à Reforma!
Que Deus nos
bendiga!
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