A Potestade e Majestade de Deus na Obra da Criação
Existe qualquer coisa particularmente notável na maneira
como o Espírito Santo abre este livro sublime. Ele apresenta-nos,
imediatamente, a Deus, na plenitude essencial do Seu ser e no isolamento da Sua
atuação. Toda a matéria preliminar é dispensada. É a Deus que somos trazidos.
Ouvimo-Lo, de fato, quebrando o silêncio e brilhando sobre as trevas da terra
com o propósito de fomentar um globo no qual pudesse mostrar o Seu poder eterno
e a Sua Divindade.
Não há nada aqui em que a vã curiosidade possa alimentar-se
— nada em que a pobre mente humana possa fazer especulação. Existe a perfeição
e realidade da VERDADE DIVINA no seu poder moral para atuar sobre o coração e o
entendimento. Nunca poderia estar dentro do alcance do Espírito de Deus
satisfazer a vã curiosidade apresentando teorias curiosas.
Os geólogos podem explorar as entranhas da terra e extrair
delas materiais donde podem tirar conclusões para ajuntar e, nalguns casos,
contradizer o relato divino. Podem especular com os restos de fósseis; porém, o
discípulo do Senhor agarra-se, com santo prazer, às páginas inspiradas: lê, crê
e adora a Deus. Possamos nós, neste espírito, prosseguir o estudo do livro
profundo que temos agora aberto. Possamos nós saber o que é “aprender no
templo”. Oxalá que a nossa investigação do conteúdo da Escritura Sagrada seja
sempre feita no verdadeiro espírito de adoração.
“No princípio, criou Deus os céus e a terra”. A primeira
frase no cânon divino coloca-nos na presença d'Aquele que é a origem infinita
de toda a verdadeira bem-aventurança. Não há apontamento elaborado em prova da
existência de Deus. O Espírito Santo não trata de nada dessa espécie. Deus
revela-se a Si. Faz-se conhecer pelas Suas obras: “Os céus manifestam a glória
de Deus e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos” (Salmos 19:1). “Todas as
tuas obras te louvarão, ó Senhor” (Salmos 145:10). “Grandes e maravilhosas são
as tuas obras, Senhor, Deus Todo-poderoso!” (Apolicapse 15:3).
Ninguém, a não ser um infiel ou ateu, procuraria um
argumento para provar a existência de Um que, pela palavra da Sua boca, chamou
os mundos à existência e Se revelou a Si Mesmo como o Deus Todo-poderoso e
eterno. Quem, senão Deus, podia criar alguma coisa? “Levantai ao alto os olhos
e vede quem criou estas coisas, quem produz por conta o seu exército, quem a
todos chama pelo seu nome; por causa da grandeza das suas forças e pela
fortaleza do seu poder, nenhuma faltará” (Isaías 40:26). “...os deuses das
nações são vaidades; porém o Senhor fez os céus” (1 Crônicas 16:26).
No livro de Jó, capítulos 38 a 41, temos um apelo feito do
modo mais sublime, da parte do Senhor, à obra da criação, como um argumento
incontestável da Sua superioridade infinita; e este apelo, ao mesmo tempo que põe
perante a compreensão a prova mais ardente e convincente da onipotência de
Deus, toca o coração, também, pela sua assombrosa condescendência. A majestade,
o amor, o poder e a ternura são divinos.
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4 comentários:
Excelente post! Tudo o que leio de Mackintosh é de uma edificação muito grande!
É verdade Rubens, tenho muitos livros e artigos dele, um tesouro.
Joelson, Graça e paz! Você conhece a historia destes irmãos? Tem livros e artigos também de John Nelson Darby?
Rubens, tenho sim livros e muitos artigos de Darby. Obg pela visita e volte sempre.
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