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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

QUEREMOS O EVANGELHO!


Do blog Ortopraxia

Por. Pr. Ricardo Pereira
Pastor Presbiteriano e professor no Seminário Congregacional em João Pessoa/PB


Esses dias em um bate-papo com os jovens da Comunidade Presbiteriana de Conde, falei abertamente (como sempre) sobre a situação da música gospel. Saí dessa conversa com uma sensação de que ainda é possível viver e cantar o Evangelho com simplicidade, profundidade e verdade.

Tive a certeza que não precisamos ficar “escravos” de certas músicas e de “artistas” que apenas desonram o caráter do Deus Vivo e Verdadeiro. Ficou nítido que aquela galera está de “saco cheio” de exigências ao Soberano, de determinações, de conquistas, de unções, de caçadores de unção, de declarações e adorações que de proféticas não tem nada.

Existe muita gente sim que não suporta mais esse bacanal da gospelândia. Existem servos e servas do Senhor Deus que ainda querem BOA MÚSICA! Essas pessoas não estão dispostas a encher os bolsos de “levitas” que nada mais são do que amantes dos seus próprios bolsos e egos.

É impossível ligar o rádio e sintonizar nas rádios “gospel” e não ficar enojado com tanto esterco cantado, com tanto esgoto exposto de formal tão cruel. As cópias mal feitas da parte ruim da música não evangélica domina o universo gospel. A teologia podre e fétida da prosperidade, das unções, dos gritos, das línguas, das conquistas, das curas, domina o mundo gospel e o torna cada vez mais asqueroso e banal.

Não existem ritmos sagrados. Essa não é a discussão. O problema é a fidelidade escriturística. Uma das músicas mais cantadas hoje, fala da morte de Lázaro e traz a tona um desejo ensandecido de que Deus ressuscite sonhos, remova uma tal pedra, chame-a para fora, ressuscite-a... Enfim, a música é uma deturpação TOTAL do texto bíblico, que é utilizado totalmente fora do contexto e que leva as pessoas ao emocionalismo tosco e Jesus a um status de “ressuscitador de plantão”.

Jesus não deve ser apresentado como uma espécie de curandeiro, de realizador de projetos, de sonhos... Cristo é Senhor absoluto de todas as coisas, é assim que deve ser cantado. Não! O texto da ressurreição de Lázaro não pode ser cantado de forma simbólica sobre minha vida emocional, financeira, amorosa ou o raio que seja! Isso é uma apropriação indevida da Bíblia.

Deus deve ser adorado de acordo com a Escritura e não com o egocentrismo humano, não com os anseios egoístas de pessoas que só querem um “deus” que lhes alimente os bolsos, lhes cure e lhes encha de um poder mentiroso para viver um falso evangelho. O caráter de Deus, seu poder, sua majestade, santidade, honra, misericórdia, justiça...Enfim O QUE ELE É, deve ser cantado.

Não posso cantar músicas de pessoas que brincam com a fé e com a saúde emocional dos outros (entenda o que disse, ouça a faixa cinco “cântico espontâneo” do CD “Nos Braços do Pai” – Diante do Trono 5). Não posso reproduzir e divulgar artistas que vão a programas em rede nacional e propagam o pluralismo religioso. É impossível fazer parte desse “Caldeirão”. Não creio nesse festival de “Promessas” da gospelândia. Chega desse bacanal! Quero o EVANGELHO!

Em face disso tudo tomamos uma decisão: Em alguns dias (tempo de ensaios, escolhas de repertório e instrução) a Comunidade Presbiteriana de Conde NÃO CANTARÁ MAIS nada do Diante do Trono, Fernando Brum, Toque no Altar, Fernandinho, Aline Barros e muitos outros “artistas”. Não, essa não é uma atitude de superioridade, de autossuficiência, ou de qualquer coisa do gênero. É na verdade uma busca pela fidelidade ao texto bíblico e a conduta cristã séria. Estamos cansados desse evangelho barato, que torna Deus um escravo do ego humano, uma espécie de garçom nesse bacanal da "gospelândia". Enfim, queremos O EVANGELHO.

QUE DEUS ACEITE NOSSO LOUVOR!

3 comentários:

Caline disse...

Gostei muito deste texto! \o/

Vinicius disse...

Graça e paz pastor.

Concordo em grande parte com o que foi escrito, apenas discordo que independente de quem canta a música, o que devemos fazer é analizar a música de acordo com a palavra de Deus, se estiver de acordo com a palavra, cantemos caso contrário não.

Que o Sr. continue assim, promovendo a palavra de Deus.

P.S.: Estou aprendendo muito com a revista da escola dominical da aliança. Deus o abençoe.

wagner Lima disse...

Foi-se o tempo em que as músicas do Diante do Trono eram baseadas nas escrituras. Hoje, o que temos visto é um amontoados de cantores "gospel"(Aline, Fernandinho, Fernanda Brum...) onde os quais tem levado muitos apenas cantarem pra si... e o verdadeiro evangelho está longe dessas músicas que apenas trás emoção ao coração das pessoas. Seria muito bom se muitos fizessem uma análise bíblica das canções em suas igrejas, principalmente os líderes.Infelizmente em nossos dias, na pregação e na adoração, o cliente é quem diz o que desejam ouvir e cantar.

NÃO PARE AQUI VÁ PARA OS TEXTOS MAIS ANTIGOS.