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terça-feira, 20 de setembro de 2011

ISRAEL E IGREJA (Final)


VI- JESUS E A GRAÇA ATUANDO.

6.a- Como já foi mostrado anteriormente, a Lei tinha o objetivo de mostrar o pecado, mas não podia salvar, pois o que ela exigia, justiça perfeita, o ser humano não podia dar. Isto porque o ser humano é carnal (por natureza) (At. 15: 6,10; Rm. 7: 7-14; 8: 1-4), e a justiça que ele precisava ter para a salvação a Lei era incapaz de conferir (Rm. 3:20; Gl. 3:11-21; Hb. 7:19). Pela Lei estamos mortos (Jo. 5:25; Rm. 6:23; 7:9-10; Cl. 1:21; 2:13). Porque “todos pecaram” (Rm 3:23), e o “pecado é a quebra da Lei” (1Jo.3:4), e quem quebra a Lei a pena é a morte (Ez. 18:4; Rm. 6:23).

6.b- Para que a sentença de morte fosse anulada era necessário o cumprimento da Lei. Jesus Cristo veio ao mundo para cumpri-la e com sua obediência e justiça tirar o poder da morte (Mt. 5:17-18; Rm. 3:21-26;10:4).

Este sumo sacerdote foi Cristo, quem derramou seu próprio sangue e se ofereceu em sacrifício (Hb. 4:14; 5: 5-6; 9:11). Porque obedecendo ao Pai, se ofereceu para a morte (Fp. 2: 8), e com esta obediência destruiu a desobediência do homem, a qual havia provocado a ira de Deus (Rm. 5:19).[1]

6.c- Cristo não só guardou a Lei, mas se uniu aos transgressores da lei, os pecadores, tomando sobre si a maldição que era por eles merecida (Hb. 2: 10-15), pagando assim a penalidade dos pecadores. Isto é a graça atuando; a promessa de salvação que se cumpre em Cristo. Agora quando é convertido, o eleito é revestido de Cristo, Aquele que cumpriu a Lei e morreu pagando a nossa morte (Gl. 3:27). É como se morrêssemos com Cristo, fossemos crucificado com Ele pagando nossos pecados, satisfazendo a Lei (Rm. 6: 1-6; Gl. 5: 24-25). A Lei nos matou na cruz em Cristo. Assim, como a morte de um dos conjugues desfaz o casamento, a morte do crente com Cristo o desobriga do cumprimento da Lei para ser salvo (Rm. 7:1-7). Para a Lei o cristão não existe mais. Cristo morreu para pagar nossa dívida com a Lei, se nós morremos com Ele estamos livres da condenação, a dívida foi paga: “Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para Deus. Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. (Gl. 2:19, 20). (Cristo) aboliu na sua carne a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse em si mesmo um novo homem, fazendo a paz” (Ef. 2:15). A Lei produzia escravos, mas a graça produz pessoas livres (Gl. 4:21-31). Nós somos livres, pois somos da Aliança da graça. Quem está em Cristo é como se tivesse cumprido a Lei, e tudo o que tem é pelos méritos dEle. Não fazemos nada, deixamos de viver, agora quem vive e nos representa é Cristo diante de Deus o justo juiz (Gl. 2:19-20; 6:14).

Assim, temos que não estamos na Antiga Aliança, pois a aliança da Igreja é Nova, feita em Jesus. Hoje o povo de Deus é a Igreja, o novo Israel (Rm. 2. 28-29). É assim que o Novo Testamento entende a economia da salvação. Hoje muitos que se dizem cristãos vivem observando festas judaicas, colocando práticas judaizantes dentro da igreja em um completo desencontro com a Teologia do Novo Testamento. Em Cristo estas tradições foram abolidas (Rm. 14.5; Gl. 4. 9-11; Cl. 2.8, 16-17). É claro que existem promessas terrenas com respeito a Israel, mas quanto as promessas espirituais Israel as rejeitou, e assim o reino passou a outro povo (Mt. 21. 43).

É claro que muitos de Israel serão salvos pela graça e Paulo disse isso (Rm. 11. 1-6), e assim todos os que assim são e serão salvos enhtrarão na Igreja, no povo da graça. Hoje esses é que são chamados de Israel: "
Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão...E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa" (Gl. 3. 7, 29). Paulos fala isso para os cristãos da Galácia e não para os judeus, porque ele sabia que "nós é que somos a circuncisão (israel), nós que adoramos pelo Espirito de Deus, que nos gloriamos em Cristo Jesus..." (Fp. 3. 3).



NOTAS

[1] CALVINO, João. Institutas, IV. 14, 21.

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