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sábado, 25 de junho de 2011

ROUBADOS E AGREDIDOS NA "MARCHA PARA GEZUIS"

Dias atrás, o Paulo teve um sonho: éramos agredidos na Marcha para Jesus, e para nos defender nos colocávamos de joelhos e começávamos a louvar.
Hoje parte do sonho se tornou realidade.
Tudo começou, como sempre, com o pessoal se encontrando na saída do metrô Tiradentes. Era o Paulo, o Nei, o Alex, o Julio, o Josef, o Thiago Mafra, o Morelo e eu. Levamos seis faixas, cinco dos anos anteriores e uma feita especialmente para essa marcha:



Dividimo-nos em dois grupos: metade ficou no início da marcha, e metade se postou mais adiante, onde aguardaria a chegada dos trios. Por volta de dez horas, como sempre, a metade que ficou se aproximou do primeiro trio-elétrico, onde estavam os astros gospel casal Hernandes, Silas Malafaia, Jabes de Alencar, Samuel Ferreira, Marcelo Crivella, entre outros. E estendemos nossa primeira faixa.


Eu segurava uma faixa ainda enrolada, quando a agarraram e a arrancaram dos meus braços, chegando a me machucar. Era um homem forte, um segurança do evento, que saiu no meio da multidão. Comecei a gritar “fui roubada”, sob o olhar assustado dos fiéis que presenciavam a cena. Outros seguranças se aproximaram e tentaram levar outra faixa, essa já aberta, e eu e os meninos “grudamos” na faixa, enquanto gritava “socorro” repetidas vezes, na ânsia de chamar a atenção de todos e não sermos agredidos. Deu certo, havia uma base policial próxima e os policiais foram ao nosso socorro. Resultado: os policiais apreenderam duas faixas e nos aconselharam a ficar ali, para nossa segurança.


Porém, fui tomada de enorme ira santa, e confesso que fui bastante imprudente (só agora vejo isso). Deixei a base e fui me esgueirando na multidão, a fim de chegar na frente do trio dos astros gospel. Foi bem difícil caminhar contra a multidão, mas enfim cheguei e fiquei cara-a-cara com a pastorada famosa. Sem as faixas, sem ter como comunicar minha mensagem, fiz o que estava ao meu alcance: aquele gesto, com um polegar em pé na outra mão, e os demais dedos fazendo um semi-círculo (para bom entendedor…). Fiquei de costas para a multidão, e de frente com o trio. A bispa Sonia até se fez de piedosa, e fez um coração com as mãos, estilo Wagner Love, para mim. E eu, fazendo incessantemente aquele gesto peculiar. Os demais astros viam minha manifestação, mas fingiam nada ver.


Enquanto fazia o gesto e andava de costas, ou melhor, era empurrada de costas pelo cordão humano de brutamontes do evento, ainda por cima o brutamontes que estava na minha frente resolveu me retaliar à sua maneira. A cada passo, ele levantava propositalmente seu joelho, que parava nada delicadamente na minha coxa. E, ao pisar, seu pezinho de fada despencava em cima do meu. Porém, o gostinho de ver aqueles astros gospel tendo que aturar meu gesto me fez perder totalmente a noção de dor. Uma hora até tentei revidar, levantando também meu joelho e atingindo-o com a mesma ignorância, mas aí ele gritou: “você está querendo se machucar”. Entendi o recado, parei de “joelhar”, mas continuei sendo “joelhada” e “pisada”.


Mas não apenas os astros gospel puderam ver meu singelo gesto. Uma repórter se aproximou e perguntou se eu estava protestando. Disse que sim, e ela disse que queria depois falar comigo. Então me deu um bloco, onde escrevi meu celular. Na mesma hora, um brutamontes surgiu do além e arrancou a folha da repórter. Do jeito que ele fez, e no ângulo em que eu estava, achei que ele a tivesse agredido, então por instinto agarrei o braço dele e gritei para ele soltar ela. Quando ele se virou, achei mesmo que ia levar uns sopapos. Mas Deus me livrou.


Continuei no meu gestual básico, e então outro brutamontes ainda maior chegou gritando: “pára de fazer esse gesto, senão você vai ser presa”. Continuei o gesto e o cara veio para cima, me agarrou pelo braço com pouco afeto, me arrastou para fora da pista e voltou para o seu lugar. “Ué, você não ia me prender?”


Como não estava presa, voltei com muita dificuldade para a frente do trio, e depois para o outro lado da pista, já que não tinha mais o que fazer ali. Por sorte (ou providência divina), estava justamente onde parte do nosso grupo estava, no caso o Josef, e com ele estavam as outras três faixas. Subimos num canteiro e estendemos a faixa de 2 Pedro 2.3:


Aí aquela repórter se aproximou de mim e perguntou sobre o porquê de estarmos ali. Falamos um pouco, e do nada apareceram os brutamontes de novo, e arrancaram a faixa das nossas mãos. Na ânsia e na violência, acabaram atingindo um deles mesmos com a vara da faixa, e segundo palavras do Josef, parecia o Pedrão dando uma espadada na orelha do soldado. Assim, nossas três outras faixas foram roubadas, porém ainda tínhamos os panfletos que o Alex fez. Então passamos a distribui-los na multidão.
Depois disso, voltamos para a base policial. Os policiais, diga-se de passagem, foram muito cuidadosos para conosco. Eles nos levaram e nos trouxeram ao 2º. DP, onde não pode ser feito o B.O. por não haver identificação dos agressores. Pela primeira vez, andei de camburão.
Então, de volta à Marcha, encontramos o Thiago Mafra com sacos de lixo, recolhendo o entulho largado pela multidão. Pegamos um saco e resolvemos ajudar também, e conseguimos lotar um saco em muito pouco tempo, tamanha a quantidade de papéis, garrafas plásticas e sacos de salgadinhos que encontramos pelo caminho.


E então fomos embora.


Sem dúvidas, o tratamento que recebemos foi premeditado, planejado pela organização do evento gospel. Nossas faixas não ficaram abertas nem dez minutos, antes de serem brutalmente arrancadas de nossas mãos. Não tiveram medo de agredir mulheres, nem na frente dos fiéis que marchavam. Só não fizeram coisa pior porque a polícia estava ali, presente.


O que relatei acima foi o que aconteceu comigo, e fatos nos quais eu estava presente. Cada participante teve suas próprias experiências (por exemplo, o Julio conversou cara-a-cara com o Malafaia e o Jabes), e por isso é importante visitar todos os blogs e ler todos os relatos. Em todos, porém, uma característica básica: a intolerância, que gera a violência.


E violência entre pessoas que dizem estar ali para marchar para Jesus!


No final, sobraram as duas faixas, aquelas que foram apreendidas no início pelos policiais. As demais, devem estar queimando em alguma fogueira santa gospel, com nossos nomes nas bocas de sapo ungidas. Porém, se não deixaram que a multidão lesse as faixas, pelo menos alguns tiveram acesso aos nossos panfletos, fora os que puderam assistir às cenas de violência. Nossa oração é para que Deus possa usar tudo isso para que o Espírito Santo abra os olhos de alguns para a busca do Verdadeiro Evangelho, que é puro e simples como Jesus vivia.


E, se tivermos que apanhar no ano que vem, sem problemas. O importante é que nós diminuamos, e que Cristo cresça.

VOLTEMOS AO EVANGELHO PURO E SIMPLES
O $HOW TEM QUE PARAR!

Uma Estrangeira no Mundo

3 comentários:

Anônimo disse...

Acho que voces envergonham os evangelicos. Que atitude indigna de um cristão com gestos demoniacos. Respeitem um pouco mais a igreja e seus representantes. Porque não foram protestar juntamente com a igreja em Brasilia contra o PLC 122? Acho que voces querem é combater contra a igreja. Tomem vergonha na cara e vão se converter, quem sabe o Espirito Santo abra o entendimento de voces e parem de palhaçada querendo desmoralizar as manifestações da igreja. Que vergonha, já pensou se a mãe de voces virem estes gestos obsenos que fizeram? com certeza ela jamais diria: são meus filhos. Ficaria envergonhada. Quando é pra lutar contra as hostes malignas voces se escondem, mas quando é pra combater a obra de Deus voces botam as unhas e chifres de fora, covardes. Que gesto feio com seus dedos malignos hein. Ainda conta com a maior cara de pau. Vá se converter. Certamente o diabo deu risada da tua atitude porca diante de uma mulher e diante do povo evangelico. Aposto que voces não oram em favor da Obra. Seus imundos, Deus está obeservando suas atitudes e gestos maligos. Mas é assim mesmo, quando o diabo não vem pessoalmente pra atrapalhar a obra ele envia seus secretários. Vão tomar vergonha na cara e se converter.

Maya Felix disse...

Vocês foram lá com o único objetivo de PROVOCAR. Não foram com o objetivo de exortar, nem de edificar. Não foram com o objetivo de protestar contra esse governo de esquerda que tem atentado contra a liberdade de expressão e a família. Foram para fazer esses gestos imundos, para prejudicar um evento que foi organizado com muito trabalho. Vocês nem mesmo conseguem organizar seu próprio evento, a fim de denunciar este que criticam: são em número tão reduzido, tão pouco atraentes e tão pouco convincentes que a única coisa que resta a vocês é aproveitar a popularidade do evento que repudiam. Isso é digno de pena. Ainda que ainda que a reivindicaçao não deixe de ser justa, os fins não justificam os meios absurdos que vocês escolheram para protestar. Espero que na próxima Marcha apanhem mais.

Anselmo Melo disse...

Não concordo com o que esses homens fazem em nome do Evangelho. No entanto acredito que existem outras maneiras de manifestar essa opinião.Achei de péssimo gosto a manifestação promovida por esses irmãos.Fora de hora e fora de tom.
me pareceu presepeiros denunciando presepeiros, só podia mesmo dar no que deu.

NÃO PARE AQUI VÁ PARA OS TEXTOS MAIS ANTIGOS.