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quarta-feira, 4 de maio de 2011

ENFRENTANDO ATAQUE E TRAIÇÃO DE MEMBROS DA IGREJA


Brian Croft

Brian Croft é o pastor da Auburndale Baptist Church, em Louisville (Kentucky). Além de contribuir para o blog do ministério 9 Marks, Brian também escreve em seu próprio blog, em: practicalshepherding.com . Brian é casado com Cara, e têm quatro filhos.
Como um pastor enfrenta o ser atacado por
alguns de seus membros de igreja mais apoiadores?

Uma das situações mais dolorosas com que você se depara no ministério ocorre quando aqueles que são seus maiores apoiadores se voltam contra você. Posso lembrar que tremi ao ler estas palavras de Spurgeon: “Prepare-se para quando o seu mais querido irmão o trair”. O quê? Você está dizendo que isso acontecerá.

Em mais de 16 anos de ministério, ainda posso lembrar a carta mais dolorosa e odiosa que já recebi. Era de um dos mais queridos apoiadores e defensores de meu ministério e de mim mesmo, um irmão que acabara de deixar a igreja por causa de uma decisão difícil que tivemos de tomar e que o afetava pessoalmente.

Como você enfrenta esse tipo de traição? 3 sugestões:

Reaja com longevidade em mente. A reação natural que todos temos é lidar como se o problemaTIVESSE de ser resolvido agora mesmo. O fato é que raramente temos o poder de produzir qualquer tipo de reconciliação entre nós e a parte ofendida, especialmente se eles interrompem a comunhão e abandonam a igreja. Isso não significa que não tentamos, mas o fato é que freqüentemente a reconciliação não acontece com rapidez. Isso nos leva à próxima sugestão.

Não diga nem faça qualquer coisa que você lamentará anos depois. Embora o pastor seja freqüentemente o alvo, ele também tem o poder e as condições na igreja para manipular a situação em seu favor. Por exemplo, pessoas saem furiosas por causa de uma situação, e na próxima assembléia a congregação quer saber por quê. Quando me vi nessa situação e fui tentado a expressar para a congregação, naquele momento, toda a mágoa, ira, frustração e desapontamento, não o fiz pela graça de Deus. Não cometa esse erro. Eu queria, mas não parecia correto. Quando olho para trás e recordo aquela assembléia, atacar verbalmente aquelas pessoas que não estavam presentes teria sido pecaminoso e teria fechado a porta para uma reconciliação futura com elas, anos depois. Por isso, permaneci em silêncio.

Assegure-se de ter outros homens ao seu redor para ajudá-lo a discernir as acusações. Essa é a razão por que você precisa de outros pastores ao seu redor. Um ataque pessoal contra você, seu caráter e seu ministério exige uma opinião mais objetiva para avaliar acuradamente as acusações. Um ataque pessoal dirigido por um membro de igreja amado sempre incitará as emoções que obscurecerão o seu julgamento. Deixe que outros pastores que o conhecem bem e podem falar honestamente sobre a sua vida avaliem as críticas. Há verdade nelas? Outros homens biblicamente qualificados em sua igreja que conhecem a pessoa que o ataca serão os seus melhores meios de discernimento. Então, submeta-se a esses homens.

A razão por que resolvi escrever sobre isto é esta carta significativa que recebi na semana passada. Foi escrita pela mesma pessoa que escreveu a mais dolorosa carta que mencionei antes. A essência da carta é resumida nesta seção:

Por vários anos, tenho lutado contra a idéia de escrever-lhe. Realmente, eu não sabia o que dizer ou como tratar do assunto. Quero pedir-lhe perdão pela carta que lhe escrevi quando deixei a igreja. Senti-me magoado e traído por você, quando na realidade eu estava enganado. Por favor, aceite meu sincero pedido de perdão.

Uma carta bastante amável foi também enviada para minha esposa. Quão bondoso é o Senhor para nós nesses momentos! Embora eu ainda sustente a decisão que tive de fazer, certamente fiz algumas decisões dolorosos em meio ao processo de lidar com aquela situação desagradável. A carta mais recente nos levou, eu e minha esposa, a refletir sobre a humildade genuína dessa pessoa e sobre a graça de Deus o dom da reconciliação com alguém que era e ainda é muito querido para nós.

Infelizmente, como muitos de vocês, também poderia escrever este post sobre outras situações que ainda não foram resolvidas, e lágrimas se formam em meus olhos quando penso nesses relacionamentos desgastados. Isso sempre fará parte do ministério pastoral. No entanto, estou aprendendo que o horário de Deus para essas questões é comumente bem mais devagar do que o nosso. Deus nos amadurece como pastores à medida que esperamos. Portanto, enquanto isso, nos dolorosos momentos de traição, atente para estas sugestões. Apegue-se a Cristo como sua consolação, alegria e aquele que sempre estará com você nesses momentos. Não esqueça de pedir a Deus que um dia restaure qualquer relacionamento que ainda está rompido. Estou aprendendo com a admirável bondade e poder de Deus. Ele é capaz.

Traduzido por: Wellington Ferreira

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