O Evangelho é o que de mais precioso podemos oferecer porque é o melhor que temos. Toda a ajuda que podemos oferecer aos necessitados é boa, mas nada é comparável à possibilidade de se apropriar dos recursos que Deus quer lhes dar para uma vida digna, cheia de sentido — uma vida em abundância.
Evangelizar é anunciar as boas notícias de Jesus Cristo em palavras e em ação, àqueles que não o conhecem, com a intenção de que, pela obra do Espírito, se convertam a Jesus Cristo, se disponham a lhe seguir como discípulos, unam-se à sua igreja e colaborem com Deus na realização de seu propósito de restaurar a relação com ele, com o próximo e com a criação. Assim, a conversão é o começo de uma transformação que abarca todo aspecto da vida.
Portanto, a evangelização requer a participação de agentes humanos dispostos a colaborar com o Espírito Santo. Bryant Myers nos chama a atenção para um padrão, um modelo de evangelização no livro de Atos, que mostra que o anúncio do evangelho é, com frequência, “o segundo ato da narração” — a resposta a perguntas suscitadas por algo que acontece. Por exemplo, o Sermão de Pentecostes, o Sermão na porta do Templo de Jerusalém seguido da cura de um deficiente físico e o Sermão de Estevão, resposta à acusação provocada pelos milagres. Nas palavras de Myers, “em cada caso se proclama o evangelho, não por intenção ou plano prévio, mas em resposta a uma pergunta provocada pela atividade de Deus na comunidade”. Há uma ação que exige explicação e o evangelho é a explicação.
Devemos nos preguntar, então: Até que ponto nossas ações provocam perguntas?
Para concluir, é compreensível a reação contra o que poderíamos chamar de um “sectarismo cristão” — o afã de converter as pessoas, sem respeitar os tempos do outro. Reafirmamos que não há lugar para o proselitismo nem a manipulação. Entretanto, sem evangelização não há missão integral.
C. René Padilla é fundador e presidente da Rede Miqueias, e membro-fundador da Fraternidade Teológica Latino-Americana e da Fundação Kairós. É autor de O Que É Missão Integral? (Editora Ultimato).
Texto divulgado originalmente em Novos Diálogos
2 comentários:
A sola scriptura levada às últimas conseqüências
Atenção! O texto que vai abaixo é de um escritor protestante (David Kupelian), um sujeito importante, colunista do WorldNetDaily. O trecho está em seu livro The Marketing of Evil (algo como O Comércio do Mal). Depois de 400 anos, a sola scriptura luterana dá seus mais suculentos frutos: denominações protestantes que se adequam ao gosto do freguês. Há denominações prostestantes para abortistas, prostitutas, roqueiros, gays, etc. Estão todos calvinisticamente salvos, claro. É o mal se espalhando pelo mundo!
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Apesar dos incansáveis ataques a nossa base moral e espiritual, os EUA têm se mantido majoritariamente cristão. Pelos menos nossa liderança política e a freqüência às nossas igrejas dão esta impressão. Enquanto muitos de nós alegamos ser cristãos, a cultura popular americana tem nos seduzido e temos nos tornado progressivamente não cristãos. Nossas igrejas são nossa última esperança no renascimento da cultura judaico-cristã ocidental, razão pela qual elas são o alvo principal dos propagadores do mal.
Uma forma de “cristianismo para todos” desenvolveu-se. Quer você seja esquerdista ou conservador, goste de música eletrônica, seja racista ou gay, há uma forma de cristianismo que lhe dá apoio e acolhe suas prioridades. Muitos americanos procuram uma religião que seja compatível com suas atitudes. Os propagadores do mal trabalharam duro para se infiltrarem em todos os níveis de religião e espalharem seu “evangelho”. Temos até as principais denominações religiosas, tais como a Igreja Episcopal, apoiando um clero homossexual.
Algumas religiões tentam assumir a imagem do mundo secular para atrair as pessoas, especialmente jovens, e têm gradualmente assumido muito mais características e atitudes do inimigo que elas conseguem perceber. Isto tudo leva a uma experiência religiosa falsificada, em que muitos cristãos aprendem que eles estão “salvos”, que eles estão seguros, não importando como eles vivem suas vidas.
ANGHET
Rom 8:22 – A Campanha da Fraternidade do sindicato panteísta dos bispos do triste Brasil
Que péssima lembrança a da CNBB, tomando como mote da CF2011 um versículo da Epístola aos Romanos! É nela que Paulo fala ferozmente o que se aplica muito bem aos senhores bispos: “Vangloriando-se, embora sábios, tornaram-se estultos, e trocaram a glória de Deus indefectível pela reprodução em imagens do homem corruptível, de aves de quadrúpedes e de répteis.” (Rom 1:22-23) Começaram, em síntese a adorar a natureza. Abraçando a falácia do aquecimento global, que é apenas a última moda dos comunistas, “new agers” e internacionalistas de plantão, os bispos do Brasil se tornam como estes “estultos” panteístas adoradores de ídolos, “Por isso é que Deus os abandonou, em poder da concupiscência dos seus corações” (Rom 1:24).
Mas vejamos se o versículo escolhido pela CNBB condiz com o que este sindicato de bispos quer que nós católicos acreditemos. Testemos o conhecimento exegético de nossos bispos. Reproduzamos um trecho um pouco maior (Rom 8:19-23): “Portanto, a criação atende ansiosamente a revelação dos filhos de Deus. De fato, a criação foi submetida à caducidade, não por sua inclinação, mas por vontade daquele que a submeteu, na esperança, porém, de que as próprias criaturas serão libertadas da escravatura da corrupção, para participarem da gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Sabemos, com efeito, que a criação inteira geme e sofre em conjunto, as dores do parto, até ao presente. E não só ela: também nós próprios, que possuímos as primícias do Espírito, gememos igualmente em nós mesmos, anelando a adoção filial, a redenção do nosso corpo.”
Será que o gemido da criação inteira, suas dores de parto, se refere aos maus tratos que o homem dá à natureza? Será que Paulo está dizendo que os homens é que fazem a natureza gemer? Será a interpretação da CNBB das palavras de Paulo corresponde minimamente ao que diz a Tradição?
Sobre esse trecho, reproduzo um comentário do extraordinário livro de Josef Holzner, Paulo de Tarso (Editora Quadrante, 2008) que se encontra em sua página 411.
“Paulo nos sugere a imagem, cheia de melancolia e de poesia, da Criação que sofre ‘dores do parto’ e anseia por uma transfiguração. A história da humanidade e da Criação é um mistério, e não encontra qualquer explicação em si própria; não existe nenhum sentido imanente na História, como pretende o panteísmo [ouviram, senhores bispos!]. Em sim mesma, a História é um monstro, uma esfinge cujo enigma a humanidade tenta em vão decifrar desde os dias de Jó, e nem a Revelação nem a Redenção ergueram esse véu que oculta o destino. Pelo contrário, abriram-nos os olhos e fizeram-nos tomar consciência dos abismos à beira dos quais nos movemos, apesar de também nos assegurarem que todas as dissonâncias se reabsorverão finalmente na harmonia eterna. Se Virgílio ouve chorar as coisas (sunt lacrmae rerum, diz: ‘há lágrimas nas coisas’), o Apóstolo vê as criaturas elevarem as mãos ao Criador, num gesto de súplica, procurando ser libertadas da servidão do Maligno, ‘da sujeição à corrupção’ (Rom 8:21). [atenção bispos: a criação sente dores de parto porque está sujeita à lei da corrupção!] Os santos souberam captar esse mudo olhar da criatura maltratada [maltrata pela corrupção, senhores bispos!], e São Francisco de Assis ficou de tal modo impressionado como esse olhar que estreitou contra o seu coração todas as coisas criadas.”
Não conheço outro texto tão conciso quanto este para explicar o que os bispos parecem não compreender. A criação toda, incluindo os seres humanos chora e sente as dores do parto por causa da Queda (A Vós suspiramos gemendo e chorando neste vale de lágrimas!). A lei da corrupção é a lei de nosso estado.
Portanto, parem de tentar enganar os católicos do Brasil, senhores bispos da CNBB. O que vocês querem com esta CF2011 é pregar o panteísmo “new age”, usando para isto uma “ciência” vagabunda e de quebra achincalhando a verdadeira Doutrina Católica. Vocês já leram Ap 21:8?
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