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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A HUMANIDADE DE CRISTO

Joelson Gomes

Introdução: Jesus Cristo quando viveu entre nós era verdadeiro homem ou só parecia que era? Por mais simples que possa parecer, muitos não têm uma resposta segura a esta pergunta. Isso por ter a imagem do Senhor como alguém diferente, uma espécie de semi-deus, que andava quase flutuando sem tocar a terra.


É muito importante ter a concepção correta sobre este assunto, pois o mesmo é vital para a doutrina da salvação. Sem uma compreensão certa do mesmo coremos o risco de estar sendo e pregando algo que não é o evangelho.


Você deve ter pensado nisso já e achado tudo muito complicado; admito, é um pouco, mas não é por ser complicado que vamos nos esquivar do assunto não é mesmo? Devemos saber o que cremos. Esta lição vai lidar com as questões da humanidade de Cristo e sua importância e implicações para a doutrina da salvação e nosso viver cristão. Você sabe o que a Bíblia diz sobre este assunto? Se não, tudo isso vai deixar de ser incompreensível para você. A caminhada é longa, vamos juntos então.


I- A BÍBLIA E A HUMANIDADE DE JESUS CRISTO.


a) Cristo era humano.

Quem lê a Bíblia com atenção não pode ter dúvidas sobre a humanidade Jesus. Observe que as Escrituras atribuem a Cristo:

  • Descendência humana (Rn. 13; 9:5);
  • Partes constituintes de um ser humano: carne, sangue, ossos (Lc. 24: 39; Jo. 19: 34; Hb. 2:14);
  • Emoções humanas (Mc. 3: 5; 14: 34; Jo. 2: 13-16);
  • Funções físicas humanas: fome (Mt. 4:2); sede (Jo. 19: 28); somo (Mt. 8: 24); Cansaço (Jo. 4: 6);
  • Padecimento humano (Mt. 27: 46; Jo. 19: 30; 2Co. 13: 4; 1Pd. 3: 18).

Assim, o ensino bíblico é que Cristo foi um homem quando aqui viveu (At. 2: 22; 1Co. 15: 21; 1Tm. 2: 5). Foi feito à semelhança de Abraão (homem) e não a anjos (Hb. 2: 16). Aqui Jesus estava sujeito as leis naturais do desenvolvimento humano (Lc. 2:40, 52), era submisso aos pais terrenos (Lc. 2: 51) e como homem era menor que os anjos (Hb. 2: 9).


b) Cristo era perfeito.

O fato de Jesus ter sido um homem não implica em que Ele tenha sido imperfeito como os homens que conhecemos. O pecado não faz parte da essência do ser humano, mas foi um acidente que envolveu o mesmo. O ensino bíblico é que a natureza humana de Cristo foi concebida de forma sobrenatural (Lc. 1: 34-35). A. H. Strong diz que o fato de que Jesus foi “... Livre tanto da depravação como do verdadeiro pecado; se demonstra do fato de nunca ter oferecido sacrifício, ou nunca orar pelo perdão, ensinado que todos, a não ser ele, necessitam do novo nascimento, desafiava todos a argüi-lo de um só pecado”.


II- CRISTO; A PERFEITA HUMANIDADE.

a) A mesma Bíblia que apresenta Jesus Cristo igual a um ser humano, apresenta o mesmo como sendo diferente em um aspecto: Ele não foi sujeito ao pecado. Paulo diz que Ele não conheceu pecado (2Co. 5: 21), e outros autores bíblicos também mostram isso (Hb. 4: 15;1Pd. 1: 19; 1Jo. 3:5). Mesmo sendo tentado de todas as maneiras Ele venceu todas as tentações, e porque venceu pode socorrer os seres humanos (Mt. 4: 1-10; Hb. 4: 15-16). Em Cristo Deus revela o que seria a humanidade perfeita, como seria o homem se não houvesse pecado. Jesus homem é o padrão de perfeição de Deus.

b) É importante notar que para poder ser nosso salvador Cristo tinha que ser sem pecados (Hb. 7: 26-27), sem mancha (1 Pd. 1:19), se não fosse assim Ele não poderia ser o substitutos dos salvos, mas Ele próprio precisaria de um substituto. Ele só pôde ser o sacrifício perfeito que foi aceito por Deus no lugar de sua Igreja porque Ele era perfeito.


III- A NECESSIDADE DA HUMANIDADE DE CRISTO.

Afirmei na introdução que a doutrina da humanidade de Cristo deveria ser entendida por nós porque ela é vital para a nossa vida cristã e nossa salvação. E aqui apresento as razões para isso. Basta só dizer que se Cristo não se tivesse feito humano não teria havido salvação. Mas não foi só isso, observe com atenção:

a) Cristo tornou-se homem para ser nosso representante em obediência diante de Deus. Jesus foi nosso representante em obediência diante do Pai e obedeceu em nosso lugar naquilo em que Adão falhou e desobedeceu (Rm. 5:18-19; 1Co. 15: 45-47). A Lei do Senhor havia sido ultrajada pelo ser humano que a descumpriu. Esta Lei é o padrão do caráter de Deus, Ele não salvará ninguém que não se enquadre nesse padrão. E agora? Bem, Jesus Cristo foi o único que cumpriu a Lei satisfazendo a justiça divina. Ele não conheceu pecado (1Pd. 1:19; 2:22; 1Jo. 3:5), e se pecado é a quebra da Lei (1Jo. 3:4), Cristo não pecando, não a quebrou, cumpriu-a totalmente. Assim, a justiça que Deus exigia do homem, Cristo a teve em Sí mesmo, por isso pôde ir a cruz em lugar de pecadores.

b) Cristo tornou-se homem para ser o sacrifício substituto em nosso lugar. Jesus se fez homem porque veio aqui socorrer a homens (Hb. 2:14-17). Foi no lugar de seres humanos que Ele deu a vida. Para substituir perfeitamente um humano, só um outro ser humano, e a salvação nada mais é do que uma substituição. Escreve Martyn Lloyd-Jones:

Ninguém pode sofrer a pena do pecado do homem, exceto alguém que também seja homem. É a única maneira do homem ser redimido. Então a quitação da pena envolve sofrimentos do corpo e da alma, tais como só um homem pode sofrer; sofrimentos esses que Deus não poderia sofrer. “A minha alma está profundamente triste até à morte”, disse nosso Senhor no Getsêmane (Mar. 14: 34). O sofrimento envolvido tem que incluir o corpo e a alma, portanto Ele tinha que ser homem.

c) Cristo tornou-se homem para ser o Mediador entre o ser humano e Deus. O ser humano precisava de alguém para representá-lo perfeitamente diante de Deus como mediador, e que pudesse representar Deus perfeitamente diante de nós. Cristo foi essa pessoa (1Co. 15: 3; 2Co. 5: 21; 1Tm. 2:5). Só sendo Deus e homem poderia cumprir esta função, pois só um Deus representa perfeitamente Deus, e só um homem representa perfeitamente um homem.

d)Cristo tornou-se homem para ser nosso e exemplo. Nosso alvo aqui na terra deve ser a conformação com o padrão de Cristo. Cristo é nosso exemplo, modelo a ser imitado, e isso acontece porque Ele veio e viveu como um de nós aqui na terra (2Co. 3:18; 1Ts.1:6; 1Pd. 2:21;1Jo. 2:6).

e) Cristo tornou-se homem para ser o padrão do nosso corpo ressuscitado. A Bíblia diz que o corpo com o qual Jesus ressuscitou será o mesmo para os seus na Sua segunda vinda. Ele foi “as primícias” (o primeiro) dos ressuscitados (1Co. 15: 23; Cl. 1: 18). Nós teremos um corpo glorioso como Ele tem agora (1Jo. 3: 2-3). Mas, isso só será possível porque Ele foi homem.

f) Cristo tornou-se homem para se compadecer de nós. O autor da carta aos Hebreus diz que por ter sido homem e sofrido como homem, Cristo pode por experiência própria saber como nós sofremos e assim se compadecer de nós (Hb. 2:18; 4:15-16).


CONCLUSÃO.

Jesus Cristo aqui na terra era um homem pleno e perfeito, este é o ensino das Escrituras. Vindo como homem e vivendo como homem mostra o que é o verdadeiro ser humano. Os exemplos de humanidade que temos são de humanos decaídos, Cristo é o verdadeiro ser humano na essência da palavra. Foi por vir como homem que ele pôde morrer como sacrifício. Jesus deve ser contemplado como o Filho de Deus que aqui se tornou humano para ser nosso substituto na cruz. Esse quadro deve encher nossa mente e ser motivo de alegria e agradecimento, e serviço.


Tratemos, pois de confiar no seu bendito sacrifício e imitar sua vida e obediência enquanto aqui esteve. Seu exemplo e obra, devem ser visto em nossas atitudes, pregado no nosso dia a dia, e imitado com afinco e diligência. Cristo é aquele que nos salva e aponta o novo caminho no qual o ser transformado deve andar, buscando sempre se adequar a estatura dEle, o alvo é sempre ser como Ele. E você o que tem feito a este respeito?


*Lição publicada da revista de EBD da Aliança Congregacional

Um comentário:

Barbosa disse...

Irmão Joelson,graça e paz de Jesus Cristo de Nazaré.
Gostaria de falar sobre estes últimos versículos de Hebreus 4.16; e 2.18 que diz: Cheguemos,pois,com confiança ao trono da graça,para que possamos alcançar misericórdia e achar graça,a fim de sermos ajustados em tempo oportuno.
Porque Jesus Cristo se compadece das nossas fraquezas; ver Hebreus 4.15 que diz: Porque não temos um sumo sarcerdote que não possa compadece-se das nossas fraquezas;porém um que,como nós,em tudo foi tentado,mas sem pecado.
Podemos chegar com confiança ao trono da graça celestial,sabendo que nossas orações e pedições são bem acolhidas e ouvidas por nosso PAI Celestial"O DEUS TODO PODEROSO";ver Hebreus 10.19,20. É chamado "O TRONO DA GRAÇA",porque dele fluem o amor,o socorro,a misericórdia,o perdão,o poder divino,o batismo com Espírito Santo,os dons espirituais,o fruto do Espírito Santo e tudo de que precisamos em todas as circunstâncias. Uma das maiores bênçãos da salvação é que Jesus Cristo,agora é nosso sumo sacerdote,conduzindo-nos até a sua presença pessoal,de modo que sempre podemos buscar a ajuda de que carecemos.
Hebreus 2.18 diz: Porque,naquilo que ele mesmo,sendo tentado,padeceu,pode socorrer aos que são tentados.
Quando somos tentados a afastar-nos de DEUS e a nos entregar o pecado,devemos orar a Jesus Cristo,pois Jesus triunfou sobre a tentação e agora como sumo sarcerdote,promete que nos dará força e graça suficiente para resistirmos ao pecado. Nossa responsabilidade é nos aproximarmos dEle nos tempos de aflições;sua responsabilidade é socorrer-nos em tempos de necessidade; ver Hebreus 4.16.
Haverá tempos em que,também,enfrentaremos sofrimentos,parecendo que nossas ferventes orações não têm resposta.
Em tais ocasiões devemos lembrar que Jesus Cristo de Nazaré foi provado da mesma forma,e que DEUS nos dará graça suficeinte para suportamos aquilo que Ele permite que aconteça em nosa vida; ver Mateus 26.39 que diz: E,indo um pouco adiante prostou-se sobre seu rosto,orando e dizendo: Pai,se é possível,passa de mim este cálice;todavia,não seja como eu quero,mas como tu queres.
DEVEMOS FAZER O QUE DEUS QUER E PERMITI,E NÃO O QUE NOS HOMENS QUEREMOS.

NÃO PARE AQUI VÁ PARA OS TEXTOS MAIS ANTIGOS.