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sábado, 4 de setembro de 2010

A DIVINDADE DE CRISTO NO NOVO TESTAMENTO


Introdução:

É no Novo Testamento que a doutrina da divindade de Jesus Cristo é revelada mais claramente. Nós temos o Pai e o Filho apresentados lado-a-lado, como co-iguais (Mt. 28:19, note que Jesus relaciona os três com apenas um nome: em nome. Vd.: 2Co.13:13; Jd.20-21), por quase todos os escritos dos cristãos. Vamos nesta lição apresentar apenas os textos essenciais do Novo Testamento para comprovar a divindade de Cristo. Para isso dividiremos a lição em três partes para deixá-la o mais didática possível para seu entendimento, pois este assunto é importantíssimo. Prepare-se para ler a Bíblia...e muito.

I- OS EVANGELHOS E ATOS.

Vamos começar apresentando a você o que os Evangelistas e o autor dos Atos dos Apóstolos dizem sobre a divindade de Cristo.

a) Mateus, Marcos e Lucas.

· Mt. 9:1-8. Esta passagem é muito importante pelo seguinte: quando alguém peca, peca contra Deus (Sl.51:6), e assim só Deus poderia conceder este perdão (Sl. 103: 3). Mas, aqui Jesus Cristo como se fosse o próprio Deus perdoa os pecados do paralítico. Esta passagem é repetida por Marcos (2: 1-12) e Lucas (5: 17-26), e ainda em Lc. 7:48 Ele faz a mesma coisa perdoando uma mulher.

· Mt. 21: 15-16. Temos aqui Jesus fazendo uma citação do Sl. 8: 2, onde no hebraico o sujeito das declarações é o SENHOR (YHWH), e Jesus aplica as declarações deste salmo a Si próprio, como se ele, Cristo, que naquele momento recebe o louvor das crianças, fosse o SENHOR (YHWH, nome hebraico de Deus) do Salmo citado.

b)João.

· Jo. 1:1. Temos neste texto Cristo (o Verbo) claramente declarado como igual a Deus. As “Testemunhas de Jeová”, que não aceitam a divindade de Jesus, dizem que o texto deveria ser traduzido: “a palavra (verbo) era [um] deus”, com um artigo indefinido (um). Isto porque no grego não existe o artigo definido antes da palavra Deus (que é predicativo do sujeito) e assim, segundo a gramática grega, o substantivo Deus ficaria indefinido (um deus). Será que estão certos? Não. Realmente isto é uma regra da gramática grega, mas não em todos os lugares. Pois no mesmo capitulo 1 deste evangelho de João, tem frases que não tem o artigo definido antes do predicativo do sujeito e mesmo assim o artigo indefinido não é exigido, nem colocado pois não caberia ali. Observe:

a) Jo. 1:6,o artigo indefinido não aparece antes da palavra Deus, mas a frase não é: “houve um homem enviado por UM Deus”, mas “ por Deus”.

b) Jo.1:14, não existe o artigo indefinido antes da palavra carne, mas a frase não é: “a palavra se fez UMA carne”, mas “ se fez carne”.

c) Jo.1:18, não existe artigo indefinido antes da palavra Deus, mas a frase não é: “UM Deus nunca foi visto por ninguém”, mas “ Deus nunca foi visto por ninguém”.

O Dr. D. A. Carson observa “que o interprete deve ser cuidadoso com respeito as conclusões tiradas a partir da mera presença ou ausência de um artigo”. Assim, está correto traduzir “e o verbo era Deus”, mesmo sendo esta frase anartra (sem a presença de artigo definido no grego). Esta é mais uma prova da unidade na divindade.

· Jo. 5: 23. Jesus afirma explicitamente que a mesma honra, reverência que é dada ao Pai, deve ser dada a Ele também. Assim Ele se iguala ao Pai se fazendo um Deus com Ele.

· Jo. 10: 28-33. Esta passagem é uma clara declaração de Jesus de que Ele é um com o Pai. Alguns dizem que quando Cristo disse isso estava apenas dizendo que era um com pais em pensamentos e propósitos, como Ele era com os apóstolos (Jo. 17:11), será? Veja o texto completo. Não se pode parar antes do verso 33. Quando Jesus disse que era um com o Pai os judeus quiseram lhe apedrejar, por quê? Porque entenderam a mensagem, Cristo estava se dizendo Deus(33).

· Jo. 12: 37-41. Em Is. 6:1-3, 9-19, Isaias diz que viu e ouviu o SENHOR (YHWH), dos Exércitos. Mas como poderemos conciliar isso com Jo. 1:18; 1Tm. 6:16, que afirmam que Deus jamais foi visto por alguém? A Bíblia responde e nos mostra que este é um dos maiores exemplos da divindade de Cristo, pois em Jo. 12: 37-41, onde o autor bíblico diz que Aquele SENHOR (YHWH) que Isaias viu era na verdade Jesus Cristo em sua glória.

· Em Jo. 14:26 é o Pai quem envia o Espírito Santo, ao passo que em Jo. 16:7 quem envia é o Filho. Por isso as Escrituras dizem que o Espírito Santo é o Espírito de Deus e igualmente o Espírito de Cristo (R. 8:9; 1Pd.1:11). O Pai e o Filho, o mesmo Deus.

· Jo. 16: 14. Cristo aqui diz que a missão do Espírito Santo na terra é levar as pessoas a glorificá-Lo. Em grego é usada a palavra doxa, que significa: glória, honra, aplausos (Jo. 4:24; Rm. 1:9; Fp. 3:3, onde a mesma palavra significa adoração). Assim, se Cristo é adorado só pode ser Deus.

· Jo. 20:28. Tomé, explicitamente adora a Jesus chamando-o de “Deus meu”. Mais claro impossível. E o interessante é que Jesus não recrimina Tomé, como se ele estivesse errado, mas aceita as suas palavras de adoração (29).

c) Atos.

· At. 20: 28. Este é um texto desconcertante, pois diz que quem pagou o resgate, derramou o sangue na cruz pela Igreja, foi o próprio Deus (YHWH). Esta afirmação só pode indicar que Cristo e Deus são o mesmo Deus (Veja 1 Co. 2:8 onde Paulo diz que quem morreu na cruz foi o Senhor da Glória), não tem outra explicação.

II- AS CARTAS E O APOCALIPSE.

As cartas do Novo Testamento e o Apocalipse de Jesus Cristo escrito por João também têm muito a nos dizer sobre a divindade de Jesus. Preste atenção como a glória do Filho de Deus nos é apresentada.

a) As Cartas de Paulo

· Rm. 9:5. Nesta passagem note como Paulo exalta a Cristo dizendo que Ele é Deus bendito sobre todos.

· Fp. 2: 6. Nesta passagem o apóstolo Paulo diz que Jesus antes de vir ao mundo tinha a forma (gr. Morphê) de Deus. Esta palavra (morphê) que Paulo usa aqui é muito sugestiva, pois significa: “a natureza essencial e inalterável do ego”, então, Paulo está afirmando aqui que Cristo antes de vir a este mundo era essencialmente Deus.

b) As Cartas Gerais.

· Tt. 2:13. Mais uma vez aqui Jesus é tratado como Deus, mas Tito ainda dá-lhe um adjetivo, ele o chama de Grande Deus.

· Em Hb. 1:3 está escrito que Jesus é a “expressão exata da essência” de Deus. A palavra traduzida por “expressão exata” é charakter (que significa: imagem, representação), e a palavra traduzida por “essência” é hypostasis (significa: essência, substância). Isso significando que Deus Filho reproduziu o Ser ou a natureza de Deus Pai em todos os aspectos: todos os atributos ou poderes que Deus Pai tem, Deus Filho também os têm. E neste mesmo capitulo todos são conclamados a adorar a Jesus (1:1-14).

· 1Pd. 2:8- Pedro cita Is. 8: 14 onde se diz que O SENHOR (YHWH, o nome hebraico de Deus) seria uma pedra de tropeço para os que não cressem nEle, e diz que esta pedra era Jesus, ou seja, isto se cumpriu em Cristo.

· 2 Pd. 3: 18. Observe que a Bíblia diz que a glória pertence a Deus (Is. 42: 8; 48: 11; Rm. 11: 36; Jd. 25), mas aqui Pedro diz que Jesus é quem deve ser glorificado até a eternidade. É claro que ele compara Jesus a Deus (Jo.5:23).

· 1Jo. 5:20. Este texto dispensa maiores comentários. João diz que a Igreja está no verdadeiro Deus, e diz que este verdadeiro Deus é Jesus Cristo.

d) O Apocalipse.

Antes leia Mt. 4: 10, aqui Jesus diz que só a Deus se deve adorar e amais ninguém. Então e se nós encontrássemos outra pessoas sendo adorada? Ou ela seria outro Deus, ou seria misteriosamente o mesmo Deus da Bíblia. Agora leia a passagem seguinte com atenção.

· Ap. 1: 7-8. O grupo religioso chamado Testemunhas de Jeová ensina que Jesus não é Deus. As vezes quando mostramos a eles os versículos sobre a divindade de Cristo eles dizem: “sim, mas a Bíblia não diz que Cristo é Todo- Poderoso”. Esta passagem é uma prova de que este argumento está errado. Aqui João chama Aquele que é, que era, e que há de vir (portanto Cristo, pois é Ele quem vai voltar) de Todo-Poderoso.

· Ap. 5: 11-14; 22: 8-9. Não têm no NT passagens mais claras que estas que mostram o cordeiro que é Cristo (Jo. 1:29; 1 Pd. 1:18-20) sendo claramente adorado por todos, e em todos os lugares. Sendo assim o Cordeiro é Deus.

Todas estas passagens só poderão ser explicadas com a doutrina da Triunidade divina, sem ela tudo viraria uma confusão. Não é preciso entender, mas sim aceitar o que a Bíblia revela: Cristo é Deus. Nem sempre entendemos tudo que Deus faz, por isso Ele é o Deus insondável (Rm; 11: 33).

III- O MISTÉRIO DAS DUAS NATUREZAS.


a) A História.

Muitos perguntam como pode alguém ter duas naturezas; ser homem e Deus? A Teologia construída no Concilio de Calcedônia (451 d.C.) define que em Cristo coexistiam duas naturezas a humana e a divina. Sem confusão. Assim, Cristo era verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Mesmo tendo duas naturezas não era duas pessoas, mas uma só pessoa. Diz o credo de Calcedônia:

Um só e o mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis e imutáveis, indivisíveis e inseparáveis... as propriedades de cada natureza permanecem intactas, concorrendo para formar uma só pessoa e substância; não dividido ou separado em duas pessoas.

b) As Escrituras.

A Bíblia corrobora este ensinamento? Sim. Já vimos que por toda Palavra de Deus Cristo é apresentado como Deus, ou seja, tem a natureza divina. Lemos que Ele nasceu de Deus, por obra do Espírito Santo (Lc. 1: 35; veja Jo. 3:16), tendo assim a natureza divina. Filiação implica identidade essencial (de natureza), aquele que é gerado compartilha a natureza de quem o gerou. Mas, por outro lado Cristo teve mãe humana, portanto também compartilhou a natureza humana. Ele fez carne, portanto humano (Jo. 1:14; Hb. 2:14), para poder ser o sacrifício no lugar de seres humanos.

Não há dúvida que a encarnação de Jesus é um mistério, e a Bíblia já dizia isso faz tempo: “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória” (1Tm. 3:16).

CONCLUSÃO.

É patente por toda a Bíblia (Antigo e Novo Testamento) que Cristo é Deus com o Pai e o Espírito Santo. Pai, o Filho e o Espírito Santo são revelados como Deus. Os evangelhos, as Cartas de Paulo, as outras Cartas e o Apocalipse são testemunhas disso.

Isto deve consolar a Igreja, pois tem um Senhor que é Todo-Poderoso (Mt. 28: 18), e assim pode resolver todo os tipos de problemas. A divindade de Cristo também deve mostrar que não devemos temer o Inimigo de nossas almas, pois O que está conosco é Deus. E ainda o entendimento escriturístico da divindade de Cristo mostra para nós que a doutrina da Triunidade divina que a Igreja Cristã vem ensinando faz milênios é bíblica e verdadeira.

E agora? Você está preparado para defender biblicamente a divindade de Jesus diante de qualquer pessoa? Espero que sim.

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*Lição publicada na revista para Escola Dominical da Aliança Congregacional. Pedidos derp.contato@hotmail.com

Um comentário:

Anônimo disse...

IRMÃO, ESTA REVELAÇÃO É A UNICIDADE DE DEUS.

NÃO PARE AQUI VÁ PARA OS TEXTOS MAIS ANTIGOS.