Claramente, pelo que pudemos ver, Lloyd-Jones não era o que costumamos chamar de um “cessacionista”. De fato, ele se manifestou fortemente contra o pensamento de Warfield a este respeito. Em 1969, ele escreveu “Um Memorando sobre Cura pela Fé”, rejeitado pelo Christian Medical Fellowship, na Inglaterra, que se basearam explicitamente nos argumentos de Warfield, de que os dons espirituais (como o de curar), eram “sinais do apostolado” e não tinham mais lugar hoje, uma vez que os apóstolos só existiram no passado.
"Eu penso que é inteiramente desprovido de base nas Escrituras dizer que tais dons cessaram com a Era Apostólica. Eu creio que milagres inquestionáveis têm ocorrido desde então".
Quando ele fala da necessidade de um reavivamento de poder e do batismo do Espírito e de uma poderosa confirmação da palavra de Deus hoje, é claro que ele tinha em mente os mesmos acontecimentos que marcaram a vida dos apóstolos.
"É perfeitamente claro que nos tempos do Novo Testamento, o evangelho era confirmado por sinais, prodígios e milagres de várias naturezas e descrições... Teria sido isso verdadeiro apenas na igreja primitiva?... As Escritura nunca, em nenhum lugar, afirma que estes acontecimentos seriam temporários - nunca! Não existe esta afirmação em nenhum lugar".
Ele analisou os argumentos “cessacionistas” e concluiu que eram baseados em conjecturas para justificar uma deficiência particular. “Para sustentar este ponto de vista”, ele disse, “basta apagar o Espírito”.
Além disso ele disse que existem muitas evidências históricas, que muitos destes dons persistiram por muitos séculos, e que eles se manifestavam de tempos em tempos desde a Reforma. Por exemplo, conforme relato de John Welsh, genro de John Knox, este realizou coisas extraordinárias, chegando a ressuscitar um morto. E há evidência da ocorrência de genuínos dons de profecia entre Protestantes Reformados. Por exemplo, ele diz que Alexander Peden, um dos Scottish Covenanters, profetizou de forma acurada e literal acerca de fatos que depois vieram a se cumprir.
2- Experiências Pessoais de Martyn Lloyd-Jones com um Poder Especial
Lloyd-Jones teve experiências extraordinárias o suficiente, para fazê-lo entender que era melhor ele estar aberto para o que o poder soberano de Deus pode fazer. Por exemplo, Stacy Woods descreve o efeito físico de um dos sermões de Lloyd-Jones.
"De uma forma extraordinária, a presença de Deus estava na Igreja. Eu pessoalmente senti como se uma mão estivesse me pressionando contra o banco. No final do sermão, por alguma razão, o orgão não tocou, e o Doutor entrou no gabinete e todos permaneceram sentados sem conseguir se mover. Devem ter se passado cerca de 10 minutos antes que as pessoas pudessem encontrar forças para levantar, e sem falar umas com as outras, deixaram calmamente o templo. Eu nunca havia testemunhado ou experimentado uma pregação que provocasse uma reação tão fantástica em uma congregação".
Outra ilustração vem dos primeiros dias em Sandfields. Uma mulher que tinha sido uma conhecida médium do espiritismo compareceu à igreja numa certa noite. Ela mais tarde testemunhou sua conversão:
"No momento em que entrei na capela e me sentei num lugar entre as pessoas, eu pude perceber um poder sobrenatural. Eu tinha consciência de que se tratava do mesmo tipo de poder sobrenatural que eu estava acostumada a experimentar nas reuniões espíritas, mas com uma grande diferença: eu podia sentir que o poder que havia na capela era um poder limpo".
Diversas vezes na sua vida ele teve um tipo de premunição profética que ia além do ordinário. Em 10 de Janeiro de 1940, ele escreveu para a mulher de um amigo, Douglas Johnson, que sofria de uma oclusão coronária:
"Eu tive uma definida e inconfundível consciência da completa recuperação de Douglas. Este tipo de coisa, como ele sabe, não é comum comigo. Eu estou lhe contando porque foi algo muito claro".
Isto ilustra o ponto que ele defende acerca da comunicação pessoal de Deus com seus filhos. Ele cita Filipe sendo conduzido à carruagem em Atos 8, e Paulo e Barnabé sendo enviados em Atos 13, como exemplos bíblicos desta comunicação direta do Senhor e diz:
"Não existe dúvida de que o povo de Deus pode buscar e esperar por “direção”, “orientação”, indicações sobre o que eles tem que fazer... Homens foram instruídos pelo Espírito Santo acerca do que deviam fazer; eles sabiam que era o Espírito Santo que estava lhes falando, e eles souberam com certeza qual era a sua direção. Parece claro para mim, que se negarmos tal possibilidade, novamente nos tornaremos culpados por estarmos apagando o Espírito".
4 comentários:
Realmente muito boa postagem! compreendo que Lloyde Jones, mesmo quando defendendo que certos dons não estão mais em prática, como no NT, ele sempre alerta para que estejamos abertos e alertas para o poder e mover do Espírito Santo, com isso, não negando que o ES ainda atue, e alertando contra sermos tão ortodoxos a ponto de apagar o Espírito( pelo menos ele defende isso no livro Avivamento)
Abraços
Armando Marcos
Preparem-se está vindo o dilúvio de fogo. LEIA O LIVRO DO ESPÍRITO SANTO VERDADEIRO.
Isso nos mostra que até gigantes como Lloyde Jones estava sujeito ao erro. O que esperar então de anões e nanicos como Malafaia, R.R, Estevam, Feliciano e etc? Se o mestre congregacional disse isso, é concebivel que Benny fale com os mortos e Malafaia acredite na unção dos 900...
Paz
Adonias Reis - Sp
Prefiro achar que os nanicos que acham que Lloyd-Jones erou, estão em erro, e só eles. Se lessem mais sobre assunto sem bitolar-se entenderiam como ele entendeu. Mas como diz o ditado: cego é aquele que não quer ver.
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