Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.
C. H. Mackintosh
Esta, é a diferença entre a verdadeira Cristandade e a religião humana. Aquela (ser cristão) é baseada sobre o fato do homem estar vestido; esta (a religiosidade) sobre o fato de estar nu. A primeira tem como seu ponto de partida aquilo que a ultima tem como seu alvo. Tudo quanto um verdadeiro cristão faz é porque está vestido perfeitamente; tudo quanto um mero religioso faz é com o fim de se vestir. Nisto está a grande diferença. Quanto mais examinamos o engenho da religião do homem, em todas as suas fases, tanto mais veremos a sua inteira insuficiência para remediar o seu estado, ou mesmo para satisfazer a sua compreensão desse estado. Pode ser muito bom por algum tempo. Pode servir enquanto a morte, o juizo, e a ira de Deus são vistos à distancia, se é que são vistos de fato; mas quando um homem é chamado a enfrentar estas realidades, descobrirá em boa verdade, que a sua religião é uma cama muito curta para ele poder se estender e uma coberta muito estreita para se embrulhar.
No momento
Se Adão tivesse conhecido o amor perfeito de Deus não teria ficado assustado. “No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor” (1Jo. 4:18). Porem Adão não conhecia isto, porque tinha acreditado na mentira da serpente. Ele pensou que Deus era tudo menos amor; e, portanto o ultimo pensamento do seu coração teria sido arriscar-se a comparecer na Sua presença. Não podia fazer isso. O pecado estava ali, e Deus e o pecado nunca podem encontrar-se; enquanto houver pecado na consciência deve haver o sentimento de distância de Deus. Ele é “tão puro de olhos, que não pode ver o mal, e a vexação não pode contemplar” (Hc. 1:13). A santidade e o pecado não podem habitar juntos. O pecado, onde quer que for achado, só pode ser enfrentado pela ira de Deus.
Estudos Sobre o livro do Gênesis, pp. 37-38.
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