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sábado, 6 de dezembro de 2008

A SUA BIBLIA MERECE CONFIANÇA? (I)


Muitos perguntam: será que a Bíblia como a temos hoje merece confiança? E esses que dizem que a Bíblia passou muito tempo no poder da Igreja Romana, que mutilou seus textos, deixando só o que lhe interessava? E os que dizem que durante o passar dos anos muitos acrescentaram coisas a Bíblia e também tiraram partes? Eles não têm razão? Podemos provar que a Bíblia é confiável? A resposta a esta questão deve ser um sonoro sim. Hoje, temos muitos testemunhos diretos e indiretos que demonstram as Escrituras como o documento antigo mais bem atestado do mundo. Nenhum escrito antigo tem mais testemunhos preservados e em melhor qualidade do que a Bíblia. Se a Bíblia for posta em dúvida nenhum outro documento antigo tem autoridade, pois nenhum se compara a ela em provas.


a)O Antigo Testamento


a.1) Testemunhos diretos.


a) A Geniza do Cairo - Até o fim do século XIX, os mais antigos manuscritos hebraicos conhecidos não eram mais antigos que o século X d.C., mas, em 1896, na Geniza (depósito de livros fora de uso) da sinagoga do velho Cairo (Egito), foram descobertos mais de duzentos mil fragmentos, e dentre eles, dezenas de milhares referem-se ao texto bíblico. Estes documentos remontam ao século IX.[1]


b)O texto massorético- Até o século I a.C. o texto hebraico do A.T. ainda não tinha sido fixado de forma unitária. Então, desde este tempo havia a exigência de uma unificação e fixação do mesmo. Assim, entre os séculos VIII- X d.C., formou-se o que hoje se chama de Texto Massorético (TM). Chamou-se assim por causa dos Massoretas, nome dado aos sábios judeus que fixaram este texto (Veja. Tópico IV, 3).
Os manuscritos mais importantes deste texto e as datas são:


v O códice do Cairo (c.895).
v O códice Aleppo (c.900).
v O códice de São Petersburgo (c.1008).
v O códice nº 3 de Erfurt (séc.XI).
v O códice de Reuchlin (c.1015).[2]


c) Os manuscritos de Qunrã- A partir de 1947, foram encontrados em onze cavernas de uma localidade chamada Qunrã, na Palestina, cerca de 800 manuscritos bíblicos. Quem sabe o maior achado da humanidade em termos de textos bíblicos. Todos os livros bíblicos, com exceção de Éster estão representados, pelo menos em fragmentos nestes textos achados. Existem também várias cópias de alguns livros completos: Habacuque, Deuteronômio, Isaías e Salmos. As datas destes textos remontam ao século II a.C. Especial atenção merece uma cópia completa do livro de Isaías, que data de 150 a.C.[3] Este texto achado quando comparado com o livro de Isaias que temos em nossas Bíblias, é igual.


d) O papiro de Nash- Foi descoberto, no Egito em 1902 por W.L. Nash. Este papiro data do primeiro ou segundo sécs. a.C., e contém os dez mandamentos e uma oração judaica.[4]


a.2) Testemunhos Indiretos.


a) A Septuaginta (LXX), tradução do A.T. para a língua grega, desta tradução temos os códices sinaítico (séc.IV); vaticano (séc.IV); e Alexandrino (séc.V).


b)A Hexapla de Orígenes- Em meados do séc.III (aproximadamente 245 d.C.) Orígenes fez uma edição em seis colunas paralelas apresentando várias traduções da Bíblia na seguinte ordem: 1) o texto hebraico; 2) a transliteração em caracteres gregos do texto hebraico; 3)Versão de Áquila; 4) Versão de Símaco; 5) a Septuaginta; 6) o Teodoçião ( versão de Teodócio). Ainda existem fragmentos de seu texto.[5]


c) A Vulgata- Foi uma tradução do grego para o latim feita por Jerônimo entre os anos de 390 e 405.[6]


NOTAS

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[1] Para este e outros assuntos sobre manuscritos bíblicos vd.: MAINVILLE, Odette. A Bíblia à Luz da História (São Paulo: Paulinas, 1999), pp.24-35. Vademecum para o Estudo da Bíblia, (São Paulo: Paulinas, 200). p. 171.
[2] Vademecum para o Estudo da Bíblia, p. 172; MAINVILLE, Odette. pp. 17-22; RIENECKER, Fritz. Evangelho de Mateus (Curitiba: Editora Evangélica Esperança), pp.13-14.
[3] MAINVILLE, Odette. pp. 23-24.
[4] Ibid., p. 24.
[5] Veja para o assunto: MILLER, Stephen M. e HUBER, Robert V. A Bíblia e sua História (São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006). pp.90-91.
[6] MAINVILLE, Odette. p. 27.

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