Texto
Base: Mt.
4.12-22
Texto
Áureo: “Ele, porém, lhes disse: É necessário que eu
anuncie o evangelho do reino de Deus também às outras cidades, pois para isso é
que fui enviado” (Lc. 4.43).
Objetivo
da Lição: Ao
término da lição o aluno deverá compreender como Jesus fazia missões, saber
quando Ele pregava, e refletir onde Ele evangelizava para saber se a Igreja
hoje faz o mesmo.
A
Bíblia na Semana:
Seg. Lc. 22.45-49
Ter. Jo. 3.1-8
Qua. Jo. 3.9-21
Qui. Lc. 10. 1-12
Sex. Lc. 13- 24
Sáb. Mt. 9. 35-38
Dom. Mt. 4. 12-22
INTRODUÇÃO
Os evangelhos relatam a história
de Jesus e a história de Cristo é a na realidade a história da missão de
Cristo. Alguém já disse que: “o Novo
Testamento é mais teologia em ação do que teologia em razão e conceito. Ele é
teologia missionária” (George W. Peters. Teologia Bíblica de Missões, p. 160). Logo na apresentação de
Cristo quando criança no templo foi profetizado sobre Ele que seria luz de
todos os povos, pois era a salvação (Lc. 2.28-32).
Em toda sua vida Ele fez isso.
Mas, não só fez como também deixou exemplo para que os seus seguidores,
chamados discípulos, aprendessem com Ele e repetissem a sua prática. O Senhor
Jesus encarnou a missão em si, viveu e morreu a missão. A consciência
missionária não foi algo que Ele adquiriu pelo estudo das Escrituras, ou porque
algum pregador famoso lhe fez ver sua responsabilidade. Missões emanava do seu
ser, sua vida era isso. Ele disse: “minha
comida é fazer a vontade daquele que me enviou” (Jo. 4.34).
Nesta lição o nosso propósito é
justamente olhar a vida de Cristo, e tirar exemplos de sua maneira de fazer
missões. Portanto, vamos aprender com o maior missionário do mundo.
I-
Como Jesus pregava.
Quando se estuda Teologia,
especificamente a pessoa de Jesus, chegamos a um assunto chamado “os ofícios de
Cristo”. Nesse tema se diz que Cristo era sacerdote, profeta e rei. Note, Ele
era profeta, e como profeta sendo o cumprimento de uma predição de Moisés (Dt.
18.15, veja também At. 3.22), Ele traz a mensagem do Pai (Mt. 17. 5; Jo. 8.
26-28; 12. 49-50), e esta mensagem Ele proclamava ao povo e aos seus discípulos
mais próximos (Mt. 4.17; e capts. 5-7). Ele entendeu perfeitamente Sua missão
de evangelista, e disse isso de forma clara usando o texto de Isaias 60. 1-2 em
Lucas 4. 18-19. Agora como Jesus exercia esse oficio de profeta, proclamador da
mensagem divina? Vejamos:
a)
Era claro quanto ao pecado. Na pregação de Cristo o pecado
era uma doença. Ele não procurava palavras suaves para falar desse mal (Mt. 9.
12-13; Mc. 7. 20-23) E o escape dessa doença só acontecia para aqueles que se
dessem conta dela , entendessem seu pecado sem subterfúgios.
A
verdade a respeito do evangelho segundo Jesus é que as únicas pessoas aptas a
serem salvas são aquelas que compreendem que são pecadoras e desejam
arrepender-se. A chamada de Cristo se estende tão somente ao pecador que, em
desespero, compreende a sua necessidade e deseja uma transformação. O Senhor
veio para salvar pecadores, porém, àqueles que não querem admitir seu pecado,
Ele tem a dizer- a não ser pronunciar sua sentença (John MacArthur. O Evangelho Segundo Jesus, p. 87).
E quem O aceitasse deveria abandonar
seus pecados (Jo. 5.14; 8.11).
b)
Chamava para conversão. O ministério evangelístico de
Jesus pode ser resumido no texto de Marcos 1. 14-15. Ele passou a vida fazendo
missões, e fazia isso chamando as pessoas à conversão,
o que envolve arrependimento e fé. Timóteo Carriker escreve:
O
chamado para a conversão é parte essencial da missão de Jesus de salvação.
Implica em transformação, metanoia (mudança de mente) (Lc. 22.47; 3.3; 5.32;
15.7, 9, 32). As exigências do discipulado são uma forma intensiva deste
chamamento à metanoia. Os candidatos para o discipulado devem calcular o custo
e reconhecer a necessidade de renunciar todo obstáculo para o compromisso
completo antes de embarcar no caminho do discipulado (Lc. 14. 25-33) (O Caminho Missionário de Deus, p. 216).
Esta exigência de arrependimento
(Mt. 11.28), está atrelada a fé (Jo. 6.35), que por sua vez está atrelada a
submissão (Mt. 11. 29-30), ou seja, o discipulado.
c)
Exigia um novo nascimento. Jesus não perdia oportunidade de
fazer missões. Nicodemos foi até Ele para elogiar seu ministério, mas sem
deixar o momento passar Cristo anuncia-lhe o novo nascimento (Jo. 3.1-6).
Quando ele ficou sem entender Jesus lhe explicou o único jeito de aquilo
acontecer (Jo. 3. 9-18). Só quando aceitasse Aquele que falava com ele, como o
crucificado, levantado; como o sacrifício pelo seu pecado, ele nasceria do
alto.
d)
Desafiava os interessados. Jesus nunca escancarou a porta
da salvação como muitos pensam, mas antes dificultou (Mt. 19.16-22). Hoje
muitas igrejas têm quase levado pessoas a força para “aceitar Jesus” (algumas
até levam), e o resultado disso é uma geração sem testemunho, sem frutos
espirituais. Não, não é culpa deles, mas sim, da igreja que maqueou a barateou
mensagem da salvação ao preço de uma famosa oração “repita comigo”, e assim têm
muita gente membro da comunidade, mas que nunca foi convertido, apenas
atenderam a um apelo choroso, e entraram no clube. Na pregação de Cristo o
interessado era desafiado a calcular quanto custava segui-Lo. E só faria isso
se fosse realmente convertido, se não, quando soubesse das exigências
abandonaria o caminho (Jo. 6. 25-67).
e)
Era estratégico. Jesus tinha estratégias ao
abordar as pessoas para evangelizá-las. Um grande exemplo é a mulher de Samaria
(Jo. 4. 1-26). Aqui, sem fazer distinção por essa mulher não ser do seu povo
(Israel), e pertencer a um povo discriminado (Samaritanos, Jo. 4.9), Ele não chega para ela que tinha
tido muitos homens e uma vida desregrada falando palavras duras. Ele começa a
conversa usando a situação; ela havia ido buscar água, Ele estava com sede, é
daí que principia a conversa que vai desembocar na “água da vida”. Jesus nos
mostra com isso que o uso da técnica certa sempre dá bons resultados na
evangelização. Quem nunca leu Suas parábolas, quando usando eventos do
cotidiano de seus ouvintes Ele lhes falava do evangelho (Mt. 13)?
f)
Não discriminava. Em toda a Sua vida de missão
Jesus pregou para mulheres o que era proibido na época (Jo. 4.1-26; Lc. 10. 38-42), gentios,
publicanos, e toda sorte de pessoas que havia no Seu contexto geográfico (Mt. 8.
5-13; 9.10; Mc. 7. 24-30; Lc. 19. 1-7). Não rejeitava ninguém. Ele até foi
condenado por andar com essas companhias (Mt. 11. 19). Essa atitude do Mestre é para ensinar que na
obra de missões não pode haver escolha, todo ser humano é um ser digno do
evangelho, viva onde for, seja quem for.
II-
Quando Jesus pregava.
a) Em
todo tempo. A
vida de Cristo foi uma vida na missão como já foi dito aqui. Quando alguns
escritores do NT fazem um resumo do Seu ministério, sempre dizem que Ele vivia
pregando. Observe: Mt. 4.23; 9.35; Mc. 1.14-15, 39; At. 10.38.
b) Com
urgência.
Existia um senso de urgência em Jesus quanto ao anuncio do evangelho. Ele tinha
consciência de seu chamado para este ministério (Lc. 4. 42-43), e o
desempenharia com abnegação. E esse senso Ele tentava incutir nos seus
discípulos (Jo. 9.4). Cristo não esperava tempo bom, Ele fazia o tempo, cavava
as oportunidades. Quais os nossos passatempos habituais? Eles atrapalham a
missão? Se são empecilho e tempo gasto em vão podem ser um sinal de que não
estamos fazendo a vontade de Deus no quesito missões.
III-
Onde Jesus pregava.
O
modelo missionário de Jesus é completo, durante toda sua vida Ele com sua
prática demonstrou o jeito, a quantidade, e os lugares onde seus discípulos
deveriam pregar. Veja o exemplo disso no texto de Mateus 9. 35. Aqui diz que
Ele percorria. O tempo do verbo usado
mostra que isso não era algo esparso na vida do Mestre, mas era algo
corriqueiro (Mt. 4.23; Mc. 1.39). Missões era o seu dia a dia.
a)Todas as cidades. Esta expressão mostra que o
campo de ação era o todo. Ele não fazia uma ação sim e outra não. O Seu serviço
não era pela metade. Se todas as cidades precisavam do evangelho, Ele iria a
todas.
b) Todas as aldeias. Na época aldeias eram pequenos
povoados sem expressão. Era lugar de gente pobre. Mas, estes locais também eram
objeto da ação missionária de Jesus, porque o missionário não pode escolher
lugar. O determinante para quem faz missões ir a um local é se ali existem
pessoas precisando ouvir sobre a salvação em Jesus. Na missão não pode haver
discriminação. Será que ainda escolhemos a quem e onde pregar, ou estamos indo
a todos os lugares se exceção?
CONCLUSÃO
A
chamada de Cristo a todos os seus servos é para pregar o evangelho. Todo
cristão é um missionário, e, portanto, deve viver a vida fazendo a missão.
Jesus quando formou seu grupo de discípulos levou-os a pregar (Mt. 9. 35-38;
28. 18-20; Lc. 10. 1-20), e disse que a missão dos que ficassem após sua morte
seria pregar (Lc. 24. 45-49; At. 1. 5, 8). Assim, é mais que claro que quem se
diz crente e não é um missionário está vivendo uma contradição, vai contra a
própria natureza do nome cristão.
O
evangelho de Jesus não é o mesmo veiculado pela maior parte da geração atual
que “é um calmante açucarado para
tranquilizar os pecadores mais do que para convertê-los. O evangelho segundo
Jesus é exatamente o oposto” (John MacArthur. O Evangelho Segundo Jesus, p. 177). As suas exigências não podem
ficar de fora.
Jesus
tinha um sendo muito apurado da urgência da evangelização (Lc. 4.18-19, 42-43)
e por isso passou a vida indo as cidades e aldeias fazendo a missão sem
escolher tempo, pessoa ou lugar. Não falemos em missões se não fazemos o dever
de casa. Você que diz que é discípulo saiba, a responsabilidade é sua. Existe
uma obra a ser feita, Cristo nos deu o exemplo. Você vai segui-lo?
Aprofundando
1- Cite três aspectos do trabalho
missionário de Cristo;
2- Cite três marcas da pregação
missionária de Cristo;
3- Sua igreja é uma igreja
missionária?
4- Você tem se espelhado no exemplo
de Cristo para fazer missões?
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*Lição publicada na revista para Escola Dominical e grupos de estudos: Missões- Tarefa da Igreja, editada pela Aliança Congregacional. Pedidos: alianca.b@hotmail.com
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